O Banco Central norte-americano (Fed) em Atlanta divulgou nesta terça-feira (2) que estima que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA sofrerá uma diminuição de mais da 50% durante o segundo trimestre do ano de 2020. Ano marcado por forte contrações na atividade industrial do país.
O indicador de atividade econômica utilizado pelo Fed em Atlanta se chama “GDPNow” e busca prever o andamento da produção atual de acordo com dados disponíveis do trimestre. Ele traz uma estimativa real do PIB dos EUA, que será divulgado somente no dia 30 de julho de 2020. O Fed em Nova York utiliza outra ferramenta, chamada “GDP Nowcast”. Nela se prevê uma menor contração, de 35,5% durante o segundo trimestre.
A instituição monetária de Atlanta salientou que o número pode chegar a ser mais preciso conforme o trimestre chega ao fim, em junho. Porém especialistas indicaram que uma queda de 53% se torna plausível considerando que a produção industrial norte-americana continua em forte diminuição, afetando diretamente os consumos e os investimentos por parte da população.
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Previsão de longo prazo dos PIB dos EUA
Esta previsão ocorre em quanto muitos estados nos EUA já planejam a reabertura da economia e da retomada das atividades produtivas após a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Mesmo com o relaxamento das restrições nas maiores cidades do país, a contração é prevista como a maior já registrada no PIB.
Os efeitos negativos no PIB dos EUA são provocados também pelo aumento na taxa de desemprego. Analistas preveem que a porcentagem de desempregados no país chegue a 19,5%. Número muito maior dos 4% registrado nos Estados Unidos ao longo dos últimos anos, considerado como a taxa natural de desemprego.
Veja também: Boletim Focus prevê queda de 6,25% no PIB deste ano
Ainda assim, especialistas do mercado como Ed Yardeni acreditam que alguns setores da economia, como a produção industrial e a venda de imóveis, poderão voltar rapidamente para o mesmo patamar do ano passado. Sua preocupação fica com o setor de serviços, como restaurantes e hotéis, onde ele vê um retorno mais lento. Isso o leva a pensar que o PIB dos EUA deverá retornar ao nível do ano anterior somente em 2022.
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