A agência de classificação de risco S&P Global Ratings informou nesta segunda-feira (30) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deverá cair 0,7% em 2020. A queda foi motivada pelos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Em contrapartida a retração neste ano, a S&P prevê um avanço de 2,9% da economia brasileira em 2021. Já para 2022, a projeção é que o PIB do País cresça 2,5%.
Além disso, a agência manteve o rating soberano do Brasil em “-BB”, com perspectiva positiva. A nota indica que o País está três classificações abaixo do grau de investimento, quando é considerado um bom pagador.
“Todas as principais economias emergentes que cobrimos entrarão em recessão ou sofrerão um crescimento acentuadamente menor em 2020. Acreditamos que o estresse pode se tornar mais significativo nas próximas semanas, uma vez que a maioria dos emergentes está apenas começando a mostrar uma escalada nos casos de covid-19”, diz o relatório divulgado pela agência.
De acordo com a empresa, as medidas adotadas pelos países para conter os impactos do coronavírus poderão determinar a velocidade da recuperação da economia global.
“A força de uma eventual recuperação dependerá essencialmente de medidas políticas para amortecer o golpe e limitar o deslocamento econômico”, reiterou a S&P.
Boletim Focus também prevê retração do PIB
Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do PIB de 2020 novamente. Na divulgação desta segunda-feira, a estimativa é de uma recessão de 0,48% na economia brasileira. Esta é a primeira vez que os analistas esperam queda neste ano.
Saiba mais: Boletim Focus prevê queda de 0,48% no PIB de 2020
Na primeira leitura do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% da economia. Devido aos impactos econômicos da pandemia do coronavírus, essa é a sétima semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida.
Além disso, para o ano que vem, os especialistas do mercado estimam que o PIB irá crescer 2,50%, um pouco abaixo da projeção da S&P.