China: PIB cresce 7,9% no segundo trimestre, em linha com as expectativas
O Produto Interno Bruto (PIB) da China do segundo trimestre de 2021 cresceu 7,9% em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, segundo dados publicado pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).
A leitura veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal. Na comparação com o trimestre anterior, o PIB da China mostrou avanço de 1,3% entre abril e junho e, no primeiro semestre deste ano, a expansão do indicador foi de 12,7%. Não havia projeção do WSJ para esses dois intervalos.
A produção industrial da China registrou alta anual de 8,3% em junho, informou também o NBS. A taxa de expansão representa uma desaceleração ante os 8,8% registrados em maio, em mesma base de comparação.
Contudo, o número veio acima das projeções de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, cujo consenso era de avanço de 7,8%. Na comparação mensal, o indicador subiu 0,56%, após 0,52% em maio.
PIB da China mostra desaceleração pós-pandemia
O PIB mostra uma desaceleração do processo de retomada da economia após o choque da covid-19. Por outro lado, nenhuma leitura frustrou o mercado – e a maioria, inclusive, superou as expectativas.
As variações menos expressivas devem ser ponderadas pela redução do efeito da base de comparação fraca, mais pronunciado no primeiro trimestre, período que, em 2020, representou o ápice da crise do coronavírus no país asiático.
O PIB, por exemplo, mostrou alta anual de 7,9% entre abril e junho, em linha com as expectativas do mercado. No primeiro trimestre, o crescimento foi de 18,3% na comparação com os três primeiros meses de 2020 – o que evidencia a perda de fôlego no processo de recuperação.
A produção industrial também desacelerou ao mostrar avanço anual de 8,3% em junho, menos do que os 8,8% registrados em maio. Por outro lado, a leitura veio acima das projeções de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, cujo consenso era de avanço de 7,8%.
As vendas no varejo surpreenderam ao saltar 12,1% em junho, bem acima da projeção de 10,9%, mas também perderam tração no confronto com a variação de maio: 12,4%.
Comportamento semelhante teve o dado de investimentos em ativos fixos. O indicador registrou expansão de 15,4% no período de janeiro a maio e, no consolidado de janeiro a junho, desacelerou a 12,6%. Ainda assim, surpreendeu o mercado, que estimava 12,1%.
Nota divulgada pelo NBS da China diz que a economia local “manteve a recuperação e continuou a apresentar um desempenho restaurador com uma base consolidada e um bom ritmo de crescimento”.
Com informações do Estadão Conteúdo