O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. As informações foram divulgadas pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) na noite do último domingo (18).
Embora o resultado tenha ficado levemente abaixo das expectativas dos analistas de Wall Street, o PIB registrado no período entre julho e setembro volta a colocar a China nos eixos do crescimento projetado no início do ano — antes dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) –, de um avanço anual entre 5,5% e 6%.
O resultado do terceiro trimestre vem em seguida ao avanço de 3,2% do segundo trimestre e depois de um tombo histórico de 6,8% nos primeiros três meses de 2020. As medidas de contenção da pandemia afetaram fortemente a atividade econômica chinesa.
Vale ressaltar que Pequim interrompeu uma tradição neste ano e não estabeleceu nenhuma meta de crescimento da economia, em razão da pandemia. Em contraponto, as autoridades governamentais firmaram como objetivo estabilizar o mercado de trabalho e conter a propagação do coronavírus.
Indicadores econômicos além do PIB
O governo chinês também divulgou outros indicador econômicos no último domingo. A produção industrial cresceu 6,9% em setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação a agosto, o indicador cresceu 5,6%, disse o NBS.
As vendas no varejo no mês passado avançaram 3,3%, acelerando o leve crescimento de 0,5% de agosto. Os economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal” estimavam um crescimento menor, de 1,7%. Além disso, a taxa de desemprego urbano caiu para 5,4% em setembro, frente 5,6% em agosto.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), em sua última atualização, projeta um crescimento de 1,9% para a China neste ano, fazendo com que a potência asiática seja a única grande economia global com previsão de crescimento em 2020. O PIB dos Estados Unidos, por sua vez, deve encolher 4,3%, enquanto a economia da zona do euro pode tombar 8,3%.
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