Economia da China cresce 2,3% em 2020 e supera expectativas
O escritório nacional de estatísticas da China divulgou na noite deste domingo (17) que a economia do país cresceu 2,3% em 2020, mais do que os 2,20% esperados pelos analistas escutados pela Bloomberg e do que os 1,90% esperados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O país foi a única grande economia mundial a crescer em 2020.
Apesar de crescer, esse foi o avanço mais lento do país asiático desde 1976, ano em que o produto interno bruto do país (PIB) caiu 1,6% por conta de tumultos econômicos e sociais. Entretanto, os da da China não deixa de surpreender em um ano em que as principais economias enfrentaram recessões.
Além disso, o crescimento do país parece estar acelerando. Na comparação de 12 meses, o PIB avançou 6,5% no quarto trimestre, ante 4,9% no terceiro e 3,2% no terceiro.
Economia da china despencou 7% no primeiro trimestre de 2020
Durante o primeiro trimestre de 2020, período mais tenso da pandemia no país, a China registrou seu PIB tendo uma queda de 6,8%, tão grande como a maioria dos outros países em que houve lockdowns para conter o avanço do coronavírus.
O governo da China, desde então, vem incentivando o crescimento através de grandes projetos de infraestrutura e dando auxílios aos cidadãos como forma de estimular o consumo.
O avanço da economia chinesa ainda impulsiona outros mercados. Quando se fala do plano de investimentos em infraestrutura, a China levanta, junto consigo, economias como a do Brasil, da Austrália e do Japão, grandes exportadores de commodities ao país asiático.
Os investimentos em infraestrutura auxiliaram no bom desempenho da produção industrial, que também foi divulgada no fim da noite deste domingo, com um forte avanço de 7,3% na base anual em dezembro, ante 6,9% esperados. Para o ano todo, a produção industrial avançou 2,8%. Em 2019, o número havia sido de 5,7%.
O investimento em ativos fixos na China cresceu 2,9% em 2020, com 0,8 pontos percentuais de alta apenas no último mês, já que a taxa era de 2,6% nos 11 primeiros meses.
O consumo doméstico no país, entretanto, ficou para trás por conta das restrições e frustrou, ficando em 4,6% em dezembro, mais lento do que os 5% registrados em novembro. No ano, as vendas no varejo caíram 3,9%. A taxa do desemprego na China, que também foi divulgada, veio igual o esperado em 5,5%.