PIB: BTG corta previsão de avanço da economia brasileira para 2020

O BTG Pactual (BPAC11) reduziu sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020. A informação faz parte de um relatório divulgado nesta quarta-feira (4) pela instituição financeira.

A previsão do BTG para o crescimento do PIB passou de 2,2% para 1,4%. A redução foi justificada com base no fraco avanço da economia brasileira em 2019, de somente 1,1%, e pela expansão da epidemia de coronavírus.

Como consequência do menor crescimento da economia global por conta da doença, o banco prevê contração econômica de 0,1% no primeiro trimestre deste ano no País. No relatório anterior, a estimativa era de crescimento de 0,3%.

“Ainda é muito cedo para avaliar o tamanho e a duração do impacto do coronavírus no crescimento global e doméstico; portanto, os riscos para nossa previsão permanecem inclinados para o lado negativo”, informou o banco.

Mesmo com a retração no primeiro trimestre, o banco informou que os efeitos deverão ser menores no médio prazo. A expectativa para o segundo semestre é que o choque motivado pelo vírus esteja dissipado. A instituição financeira salientou ainda que o desemprego diminuir e que a oferta de crédito irá avançar.

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Em relação ao crescimento da economia no quarto trimestre de 2019, divulgado nesta quarta-feira, o banco informou que o resultado foi semelhante com o que era esperado. “O crescimento do PIB no quarto trimestre estava alinhado com nossa expectativa, mas a demanda doméstica veio mais fraca do que o esperado”, comunicou o BTG.

PIB do Brasil em 2019

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,1% em 2019. Esse foi o terceiro ano consecutivo de crescimento da economia, após a recessão de 2015 e 2016. No quarto trimestre do ano passado, a economia avançou 0,5% em comparação com o terceiro trimestre.

Saiba mais: PIB do Brasil cresce 1,1% em 2019, segundo IBGE

Contudo, o crescimento da economia em 2019 foi o menor dos últimos três anos. Em 2017 e 2018, a expansão da economia foi de 1,3%. No início do ano, o mercado estimava um crescimento próximo de 2%.

“São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do terceiro trimestre de 2013”, declarou Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE.

Giovanna Oliveira

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