O Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório divulgado nesta terça-feira (14), apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter uma retração de 5,3% em 2020. A redução foi de 7,5% em comparação a estimativa de janeiro, que era de um crescimento de 2,2%.
A provável queda na economia é puxada pelos impactos decorrentes da crise provocada pelo coronavírus (Covid-19). Por isso, a previsão negativa não se limita apenas ao Brasil. O FMI prevê que haverá uma recessão global, com queda de 3% na economia mundial.
A previsão do FMI está em linha com a do Banco Mundial, que foi publicada no último domingo (12). No relatório da instituição financeira, a retração prevista é de 5% na economia do Brasil neste ano. Caso uma das previsões seja concretizada, será a maior retração em um período de 58 anos.
Entretanto, para 2021, o FMI estima um crescimento de 2,9% na economia brasileira, uma alta de 0,6% em relação a estimativa do FMI em janeiro deste ano. Para o PIB global, a previsão é de uma alta de 5,8% no ano que vem.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse recentemente que está trabalhando com a hipótese de uma queda de 4% do PIB em 2020.
Quedas mais acentuadas das economias europeias
O PIB de grandes países europeus também tiveram cortes nas estimativas do FMI. A Itália, um dos países que mais está sofrendo com o coronavírus, pode ter retração de 9,1% na economia neste ano. A expectativa do FMI diante da economia da Espanha também é de grande queda, com uma retração de 8%. França e Alemanha também tiveram previsões negativas, em 7,2% e 7% respectivamente.
Previsão do PIB, segundo o Boletim Focus
Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 novamente. A última estimativa, publicada na segunda-feira (13) foi de uma recessão na economia brasileira, com uma queda de 1,96%. Na semana passada a previsão era de -1,18%.