PIB brasileiro em 2020 é revisado de -7% para -5%, aponta Capital Economics

A previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nesse ano foi recalculada de -7% para -5% pela consultora britânica de pesquisa econômica Capital Economics, que divulgou a nova estimativa nessa quarta-feira (19).

A consultoria mencionou dados recentes que demonstram maior rapidez que o esperado na recuperação da economia afetada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Entretanto, as expectativas continuam sendo de recuperação lenta do PIB para o futuro.

De acordo com os dados analisados pela Capital Economics, o PIB do segundo trimestre desse ano reduziu 10,5% em comparação com o trimestre anterior, ao passo que a economia deve expandir 7% no terceiro trimestre.

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IBC-Br aponta possível retomada do PIB

O indicador de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na última sexta-feira (14), indica que a economia brasileira havia se recuperado da recessão iniciada em fevereiro, em aproximadamente 40%  até o mês de junho.

Segundo o indicador, considerado uma “prévia do PIB”, o otimismo diante ao cenário econômico brasileiro vem aumentando. Apesar disso, o volume das importações seguem reduzidos, o que demonstra uma baixa demanda doméstica. Outros setores como de viagens aéreas e hospedagem, também seguem enfraquecidos, revelam.

A Capital Economics explica que alguns fatores devem influenciar na recuperação econômica do Brasil. Em primeiro lugar, o mercado de trabalho vem enfraquecendo, com a taxa de desemprego crescendo, como mostra a pequisa divulgada pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE) nessa semana, apontou.

Em segundo lugar, governo seguirá os planos de austeridade no próximo ano, o que implica cortes de gastos públicos em várias áreas e possíveis aumentos de impostos, reconhece a Capital Economics, que acredita que há pressões para o aumento dos gastos do governo além do teto.

Saiba Mais: IBC-Br, prévia do PIB, apresenta queda de 10% no 2T20 e indica recessão

Caso o governo brasileiro não ceda às pressões, o Banco Central (BC) conseguirá manter a táxica básica de juros (Selic) ao mesmo nível de 2% de atualmente, o que reduziria as preocupações referentes a dívida pública.

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Rafaela La Regina

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