O Instituto Internacional de Finanças (IIF) informou nesta terça-feira (26) que revisou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, de 4,1% na previsão anterior para um encolhimento de 6,9%.
Conforme relatório divulgado, a instituição detalhou que espera efeitos duradouros para o PIB brasileiro em função da crise no País. “A recuperação da recessão 2015-16 foi lenta e muito incompleta”, destacou o IIF.
Com o novo corte, a economia do Brasil contribuiu para a nova redução nas estimativas para o PIB da América Latina. De acordo com a instituição, a economia da região deve recuar 7,5% neste ano. Em previsão anterior, o IIF havia projetado uma queda de 4,5%.
Segundo o Instituto, a crise na América Latina é notável por sua velocidade, somente com um único trimestre desencadeando um queda de cerca de 10% da produção total.
“Embora a estabilização das condições financeiras seja positiva para as perspectivas na América Latina, o impacto sobre a atividade real no primeiro trimestre foi mais profundo do que esperávamos e os indicadores de sentimento devem permanecer deprimidos no segundo trimestre”, avaliou o IIF.
Saiba mais: Coronavírus: fluxo de recursos para países emergentes cai 88%
A instituição ressaltou também que, após a crise financeira de 2008, a recuperação foi rápida e sustentada por estímulos vindos do governo chinês.
“Desta vez, o apoio político da China é moderado, como foi durante guerra tarifária de 2019. Isso é compatível com uma recuperação moderada na América Latina no segundo semestre do ano, supondo que a propagação do vírus esteja contida globalmente”, destacou o IIF.
Fitch projeta queda de 6% no PIB brasileiro em 2020
A revisão do Instituto não foi a única que projetaram um queda ainda mais acentuada no Brasil. A agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, também comunicou nesta terça-feira um revisão da previsão para o PIB brasileiro.
Saiba mais: Fitch projeta queda de 6% no PIB brasileiro em 2020
Para a agência, a economia deve apresentar um recuo de 6% em 2020, enquanto para 2021 a previsão para o PIB é de um crescimento de 3,2%.