O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, em um cenário extremo, poderá cair até 10,1% neste ano, segundo a UBS. A estimativa foi revelada por meio de um relatório divulgado nesta terça-feira (28).
Segundo a instituição suíça provedora de serviços financeiros, exitem três cenário possíveis para a retração do PIB brasileiro em 2020. No primeiro, com as medidas de distanciamento social devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) permanecendo vigentes até meados de maio e com a economia voltando ao normal até o final de junho, a economia brasileira irá recuar 5,5%.
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No segundo cenário, onde as restrições para evitar a disseminação da pandemia fossem estendidas até o final de junho, com a normalização das atividades até o término de agosto, o PIB cairia 7,2%.
Já no terceiro cenário, o coronavírus não é controlado até meados de 2021, fazendo com que as restrições sejam apenas parciais, fariam com que a economia recuasse dois dígitos.
Os economistas da UBS, entretanto, ressaltaram que uma situação ainda que fora do terceiro cenário poderá agravar a retração da economia, por conta das questões políticas. O banco de investimentos alertou que a pandemia poderá elevar o nível de incerteza política, com impactos na confiança dos investidores. Nesse caso, “podemos ver o resultado parecido com o do cenário três mesmo que a pandemia esteja sob controle”, disseram os economistas.
Para o ano que vem, a UBS enxerga a economia crescendo de 5,4% a 8,3%, novamente em três cenários distintos.
Citi diz que contração do PIB poderá ser a maior da história
O Grupo Citi divulgou aos seus clientes, por meio de um comunicado na última segunda-feira (27), a redução das projeções para o PIB do Brasil neste ano.
Para os economistas, a economia do País deve recuar 4,5% em 2020, enquanto a taxa de desemprego deve atingir um pico de 17% no terceiro trimestre deste ano. No início do mês de abril o Grupo Citi havia projetado uma queda de 1,7% do PIB brasileiro.
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O relatório foi assinado por Leonardo Porto, economista chefe do Citi no Brasil, e Paulo Lopez, também economista da unidade brasileira. Segundo os profissionais, as significativas revisões das estimativas ainda não contemplam, no entanto, as recentes turbulências políticas no cenário nacional.
O Grupo prevê que o PIB do Brasil tenha caído 0,6% no primeiro trimestre deste ano. Nesse sentido, a economia brasileira deve recuar 7,7% no segundo trimestre de 2020. E, entre os meses de julho e setembro, a atividade econômica deve crescer 0,9% e, nos último trimestre do ano, 2,5%. Para o ano seguinte, a instituição financeira prevê uma expansão da economia brasileira de 3,9%.