A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano. A estimativa, que era de um avanço de 3%, passou para 3,2%. O relatório foi divulgado pelo cartel nesta quinta-feira (15).
No documento, o grupo afirma que o cenário de curto prazo no País está “mais positivo”, em meio ao aumento da oferta de vacinas para a Covid-19 e o esperado arrefecimento da doença. Para 2022, o cartel projeta expansão de 2,5% do PIB.
A análise destaca que a atividade econômica voltou ao nível pré-pandemia no primeiro semestre e se mostrou “resiliente” à escalada de casos de coronavírus na primeira etapa do ano.
A Organização lembra que o governo aprovou uma nova rodada do auxílio emergencial, o que deve ajudar a sustentar a retomada.
“No entanto, a política fiscal deve ser altamente contracionista no curto e médio prazo para compensar os gastos massivos de 2020”, pontua.
Oferta de petróleo no Brasil
No relatório mensal, a Opep reduziu levemente a previsão para a oferta brasileira da commodity este ano, de 3,81 milhões de barris por dia (bpd) a 3,80 milhões de bpd.
O número representa um aumento de 80 mil em relação ao nível de 2020. Para 2022, a previsão é de que a produção suba mais, 230 mil bpd, a 3,99 milhões de bpd.
O cartel espera uma aceleração da oferta a partir do segundo semestre deste ano, em meio ao aumento dos trabalhos em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, e em Atapu, na Bacia de Santos.
No ano que vem, o impulso virá dos campos Mero-1, em Santos, e Peregrino, na Bacia de Campos.
Prévia do PIB desacelera em maio
Em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira voltou a recuar. O Índice de Atividade (IBC-Br) recuou 0,43% em maio ante abril, segundo a divulgação do Banco Central (BC) na última quarta-feira (14).
A expectativa mediana do mercado era de um crescimento de 1,05%. Por outro lado, o resultado de abril foi revisado para cima, saindo de uma alta de 0,44% para 0,85%.
Segundo o BC, o IBC-Br, que é considerado uma prévia do PIB, acumula alta de 6,60% no ano até maio. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta alta de 1,07% nos 12 meses encerrados em maio.
(Com informações do Estadão Conteúdo)