O Bank of America (BofA) diminuiu sua prévia para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2020. Assim, a projeção, que anteriormente era de uma queda de 5,7%, foi para um recuo de 4,9%. A nova previsão está ligada aos dados positivos da indústria e do varejo em julho. Além disso, há também outros indicadores econômicos que demonstram que a economia permanece se recuperando.
De acordo com os especialistas responsáveis pelo relatório do BofA, os indicadores de confiança de agosto apontam que a continuidade de recuperação econômica se manteve em julho. O indicador do banco que acompanha a atividade econômica brasileira mostra que poderá haver uma queda do PIB de quase 1% no terceiro trimestre, na comparação ano a ano, após uma forte queda de 11,4% no segundo trimestre.
A nova estimativa para 2020, de uma queda de 4,9% do PIB, revela que haverá uma desaceleração da atividade econômica no quarto trimestre. Isso porque o governo poderá começar a reduzir alguns estímulos fiscais dados e o desemprego poderá ter uma nova alta, segundo o banco.
O BofA informou que no médio prazo há incertezas em relação ao potencial crescimento da economia devido ao risco fiscal. Entre os riscos, está a desancoragem das expectativas de inflação, que poderia acarretar na elevação dos juros básicos.
Na contramão do BofA, Focus prevê queda de 5,31% do PIB em 2020
Especialistas do mercado financeiro passaram a projetar uma maior queda da economia em 2020, em boletim divulgado na última terça-feira (8). A nova estimativa é de uma queda de 5,31%, frente a um recuo de 5,28% na última semana. Antes dos dados do PIB do 2º trimestre, divulgados no dia 1 de setembro pelo IBGE, as estimativas para queda da economia estavam ficando menos intensas, consecutivamente, havia nove semanas.