O Banco Central (BC) reduziu sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021. A expectativa passou de crescimento de 3,8% para avanço de 3,6%. Segundo o Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (25), essa redução aconteceu em meio às incertezas sobre os impactos da segunda da pandemia de covid-19 sobre a economia brasileira.
Entre os componentes do PIB para 2021, o BC alterou de 2,1% para 2,0% a projeção para o crescimento da agropecuária. No caso da indústria, a estimativa de recuperação passou de 5,1% para 6,4% e, para o setor de serviços, de 3,8% para 2,8%.
Do lado da demanda, o BC alterou a estimativa do consumo das famílias de alta de 3,2% para 3,5%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi de 3,1% para 1,2%.
O documento desta quinta-feira indica ainda que a projeção de 2021 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – foi de 3,5% para 5,1%. Todas as estimativas anteriores constavam do Relatório da Inflação divulgado em dezembro do ano passado.
Mesmo diante do recrudescimento da pandemia de covid-19 no Brasil, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve na semana passada sua projeção para o crescimento da economia em 2021, com uma alta de 3,20%.
Boletim Focus projeta 3,22% para PIB em 2021
Os especialistas que elaboram o Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (22), estimam que o PIB em 2021 deverá crescer de 3,22%. A previsão é menor do que a da semana passada, quando o crescimento previsto era de 3,23%. Há quatro semanas, o Boletim Focus indicava um crescimento do PIB de 3,29% em 2021.
As previsões para o PIB de 2022 se mantiveram. Os especialistas do mercado que participam da pesquisa semanal realizada pelo BC indicaram um crescimento do PIB de 2,39%, contra uma previsão de quatro semanas passadas de 2,50%. Para 2023 a previsão se manteve estável, com um crescimento de 2,50%.
(Com informações do Estadão Conteúdo)