PIB global: Alta em 2019 e 2020 será a menor em 11 anos, prevê Itaú

No evento ‘Macroeconomia em Pauta’ realizado nesta quinta-feira (14), em São Paulo, o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita, afirmou que o biênio 2019/2020 deve ser o ser o de crescimento mais fraco do PIB, em termos globais de economia, desde os anos 2008/2009.  O evento também tratou de assuntos como o novo ambiente de juros, gastos públicos no Brasil e a inflação.

Mesquita disse que as bases do crescimento acelerado da economia global entre 2004 e 2007 não eram sustentáveis e isso acabou sendo um dos principais fatores para chegar ao momento econômico atual. “Em linhas gerais, você tem a perda de dinamismo. A maioria dos países hoje tem apresentado crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) menor do que antes da crise internacional. Fica claro que parte do avanço muito forte entre 2004 e 2007 tinha bases insustentáveis”, afirmou o executivo do Itaú.

Itaú
Crescimento do PIB global (%)

O economista-chefe aproveitou para tratar dos efeitos que o crescimento em ritmo mais lento da economia ocasionou aos países. “O crescimento mundial desacelerado levou a juros mais baixos. Um exemplo claro é a taxa de juros na Europa, e aí a gente trata do mais impressionante, que é a taxa de juros na Alemanha, que tem queda contínua desde 1992. Hoje em dia ela está em um patamar negativo, em termos nominais”, analisou Mesquita.

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Dívida pública no Brasil

Para Mesquita, um país que tem o crescimento do gasto público de 6% ao ano, além da inflação, está em uma bomba relógio fiscal. “A crise fiscal que a gente viveu e ainda está trabalhando para emergir vem de longe e acabou sendo acelerada por erros de políticas econômicas na época da nova matriz”, disse o economista. “Agora estamos começando a ver uma estabilização da dívida pública, mas ela ainda depende de reformas adicionais”, reiterou.

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Sobre o PIB brasileiro, o economista-chefe do Itaú ainda afirmou que aumentar a carga tributária não contribuirá para o crescimento do país.

Juliano Passaro

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