O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu apenas 1,5% em 2018.
A estimativa preliminar do PIB foi divulgada nesta terça-feira (15) pela Agência Federal de Estatísticas alemã (Destatis). Essa foi a taxa de crescimento mais fraca em cinco anos registrada pela economia da Alemanha. Uma evidente desaceleração da maior economia da Europa.
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Mesmo assim, o resultado era esperado pelos economistas, após uma expansão da economia da Alemanha de 2,2% em 2017.
Segundo os analistas, a redução no crescimento da Alemanha foi uma consequência da desaceleração econômica global. O país europeu é um forte exportador, e o esfriamento econômico mundial afetou suas vendas no exterior. Além disso, outra causa foi a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que aumentou as incertezas globais. Assim como as o risco do Reino Unido deixar a União Europeia (UE) em março, no chamado processo do Brexit, sem um acordo.
“A economia alemã assim cresceu pelo nono ano seguido, embora o crescimento tenha perdido força”, informou a agência de estatísticas da Alemanha. Segundo a Destatis, o crescimento foi puxado principalmente pela demanda doméstica, com o consumo das famílias e pelos gastos estatais, que registraram alta durante o ano.
Para a agência de estatísticas alemã, a economia cresceu pouco no quarto trimestre de 2018. E isso permitiu evitar a recessão técnica da Alemanha. A recessão técnica é definida pelos economistas quando o PIB se reduz por dois ou mais trimestres consecutivos.
Produção industrial em queda
Em novembro a produção industrial caiu da Alemanha caiu pelo terceiro mês consecutivo, afetada também pelos riscos externos. A produção industrial se contraiu 1,9% face ao mês anterior. O resultado foi muito pior se comparado com novembro de 2017: uma redução de 4,7%.
Segundo o Ministério da Economia alemão, a responsabilidade desse resultado negativo foram fatores extraordinários. Entre eles, o número de feriados e os problemas da indústria automóvel. A indústria automobilística da Alemanha está enfrentando sérias dificuldades com os novos padrões de emissões de veículos.
Em análise setorial, foi registrada uma redução entre os bens de produção (-1,8%), nos bens intermediários (1%) e nos bens de consumo (4,1%).
Além disso, também a produção de energia registou uma queda de 3,1% no penúltimo mês do ano passado. A industria da construção, por sua vez, caiu 1,7%.
No final, foi apenas o consumo interno que salvou a Alemanha de uma contração maior do PIB em 2018. O consumo doméstico, tradicionalmente modesto, mostrou que, se desfrutado, ainda tem capacidade de mudar o rumo da economia alemã.
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