Agora, oficialmente, a economia da Alemanha entrou em recessão após uma desaceleração maior do que o esperado de indicadores de crescimento econômico.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha sofreu contração de 0,3% no primeiro trimestre de 2023 ante o quarto trimestre do ano passado, segundo dados finais divulgados nesta quinta (25), pela Destatis, a agência de estatísticas do país.
O resultado ficou abaixo da estimativa preliminar e da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de estabilidade em relação ao período anterior.
Com a contração econômica de 0,4% no quarto trimestre de 2022, a Alemanha entrou em recessão, resultado de dois trimestres seguidos de crescimento negativo.
Na comparação anual do primeiro trimestre, o PIB alemão recuou 0,5%. Na pesquisa preliminar, publicada no fim de abril, a Destatis havia estimado contração de 0,1%. A projeção da FactSet era de estabilidade.
Alemanha terá crescimento modesto no 2º tri, com impacto da inflação diz Bundesbank
O Banco Central da Alemanha (Bundesbank) projeta que a economia do país cresça em ritmo “modesto” no segundo trimestre, após a estagnação vista nos três primeiros meses deste ano.
Em seu relatório mensal, o BC diz que há melhoras em gargalos na oferta e também uma queda nos preços de energia, que apoiam a recuperação da indústria, mas a inflação elevada pesa no quadro.
O Bundesbank afirma que a melhora em gargalos e nos preços de energia também é fator positivo para as exportações, com a economia global “retomando algum impulso”.
Já o consumo privado deve estagnar, projeta, enquanto o crescimento nos preços deve cair apenas gradualmente nos próximos meses.
A inflação elevada pesa sobre o consumo privado e provedores de serviços relacionados ao consumo, diz o BC alemão.
Já o mercado de trabalho segue “robusto”, mesmo com uma leve alta na taxa de desemprego, de 5,5% em março a 5,6% em abril.
Segundo o Bundesbank, a inflação deixa cada vez mais marcas na altas dos salários, em negociações desse tema vistas no país.
Sobre a inflação, o BC aponta que o índice de preços ao consumidor subia com menos força no início do ano que em trimestres anteriores. Ainda assim, as altas seguem em níveis elevados na Alemanha, diz.
Com Estadão Conteúdo
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