A onda de demissões nas empresas de tecnologia segue alta. Nesta segunda-feira (30) a Philips (PHGN34) anunciou que cortará 6 mil empregos até 2025, o que representa 13% do quadro de funcionários. Ainda neste ano, serão cerca de 3 mil demissões como parte de um “plano para melhorar o desempenho” e impulsionar a criação de valor.
Mas essa não é a primeira vez que a Philips anunciou cortes em seu quadro de funcionários. Em outubro, a empresa holandesa informou que estava cortando 4 mil empregos, ou cerca de 5% de sua força de trabalho de 80 mil pessoas.
Hoje, a big tech afirmou que o modelo operacional simplificado a tornará mais ágil e competitiva, reduzindo os custos. A divulgação das demissões na Philips vem pouco após o balanço financeiro mostrar uma perda líquida para o quarto trimestre do ano passado em meio a custos mais altos.
Apesar disso, a companhia disse que viu “algumas melhorias no período e que está tomando ações para enfrentar os desafios operacionais em um ambiente incerto”.
A Philips registrou uma perda líquida atribuível aos acionistas de 106 milhões de euros (US$ 170,6 milhões) em comparação com um lucro de 157 milhões de euros no quarto trimestre de 2021 e uma perda de consenso compilada pela empresa de 16 milhões de euros.
Philips se junta a outras empresas de tecnologia
Não é só a Philips que está demitindo funcionários. As big techs alegam que foram afetadas por uma desaceleração nos gastos enquanto as preocupações com a economia e uma possível recessão persistem, o que resultou em uma onda de demissões.
Nas últimas semanas, a empresa matriz do Google, a Alphabet (GOGL34), anunciou que planeja demitir o total de 12 mil funcionários ao redor do mundo.
A decisão vem dias após outras gigantes da tecnologia anunciarem cortes de funcionários igualmente grandes, como a Meta (M1TA34), a Amazon (AMZO34) e a Microsoft (MSFT34).
Veja abaixo outros cortes em companhias de tecnologia:
- Adobe (ADBE34): corte de 100 funcionários nos EUA da área de Vendas;
- Apple (AAPL34): maioria das áreas da empresa tiveram contratações interrompidas;
- App 99: cerca de 100 funcionários demitidos em 2022;
- Clicksign: corte de 100 funcionários em 2022;
- Google: demissão de 12 mil funcionários em 2023;
- HP (HPQB34): demitirá de 4 mil a 6 mil funcionários até o final de 2025;
- IBM (IBMB34): corte de aproximadamente 3,9 mil empregados em 2023;
- Intel (ITLC34): demissão de 20% de seu corpo de funcionários em 2022;
- Loft: corte de 855 funcionários em 2022;
- Microsoft: demissão de 10 mil funcionários;
- PagSeguro (PAGS34): corte de 7% dos funcionários em janeiro de 2023;
- SalesForce: corte de 10% do quadro de funcionários até o fim de 2024;
- Twitter (TWTR34): demissão de 3,7 mil funcionários desde o comando de Elon Musk;
- Vimeo: cortará 11% da sua força de trabalho em 2023.
Com a demissão em massa recém anunciada, a Philips passa então a entrar para este rol.
Com informações do Estadão Conteúdo