PG&E vai propor plano de reestruturação de US$ 31 bi
A empresa norte-americana de energia PG&E vai propor um plano de reestruturação de dívidas de US$ 31 bilhões. A informação foi divulgada pela Bloomberg nesta sexta-feira (21).
Segundo a Bloomberg, o plano incluirá dois fundos de US$ 34 bilhões que serão destinados às vítimas de incêndios passados e futuros. A porta-voz da PG&E afirmou que a companhia está buscando a melhor maneira de trabalhar com o governo para resolver de forma rápida as reivindicações das vítimas dos incêndios na Califórnia, nos Estados Unidos.
A quantia destinada para as indenizações será dividia em dois fundos. Um deles no valor de US$ 14 bilhões cobrirá os incêndios passados. O outro será de US$ 20 bilhões e cobrirá as futuras reivindicações.
A empresa americana afirmou ainda que pagará US$ 1 bilhão para mais de 12 governos locais da Califórnia que foram afetados por incêndios florestais ao longo dos últimos anos.
Incêndios na Califórnia
O incêndio com maior número de mortes da história da Califórnia foi causado por uma linha de alta tensão elétrica operada pela PG&E. Segundo dados divulgados pelo governo norte-americano, 85 pessoas morreram durante o incêndio.
No dia 6 dezembro de 2017, mais de 38 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas. Nesse dia, o governador Jerry Brown decretou estado de emergência e liberou fundos estaduais para assistência dos atingidos.
Pedido de recuperação judicial
Em janeiro de 2019, a PG&E anunciou que iria entrar com um pedido de recuperação judicial. Por conta dos incêndios em florestas da Califórnia, a companhia elétrica passou a enfrentar mais de US$ 30 bilhões em potenciais passivos.
Saiba mais: Após incêndios na Califórnia PG&E vai pedir recuperação judicial
Desta forma, a empresa pretende pagar parte de suas dívidas e também pelos danos causados pelos incêndios. Entretanto, o objetivo da empresa é continuar no ramo fornecendo gás e eletricidade à população.
Deputados e reguladores discutiram sobre medidas possíveis para salvar a PG&E. Entretanto, concluíram que seriam anos de assistência do governo sem que fosse evitada a falência.
