A Procter & Gamble (P&G) divulgou nesta quinta-feira (30) o seu balanço de resultados referente ao segundo trimestre do ano. As vendas orgânicas da empresa aumentaram 6% no ano fiscal encerrado em 30 de junho. Entre abril e junho, as vendas orgânicas também cresceram 6%.
De acordo com a P&G, a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus (covid-19) não foi capaz de atingir drasticamente a demanda global por seus produtos domésticos “premium”, já que os consumidores presos em casa compram mais toalhas de papel, lenços de papel e comprimidos para lava-louça.
A fabricante de produtos domésticos, como o detergente Tide e o papel higiênico Charmin, registrou seu maior ganho anual de vendas desde 2006, quando a pandemia manteve os consumidores do mundo em casa e atentos à limpeza.
A P&G prevê um crescimento mais modesto para o próximo ano fiscal, de 2% a 4%, citando alta incerteza em torno da economia global, especialmente nos países em desenvolvimento, e as consequências do novo coronavírus.
“Em geral, quanto à saúde, higiene e limpeza, as necessidades dos consumidores mudaram para sempre”, disse o diretor financeiro Jon Moeller. “Talvez não na medida em que aconteceu recentemente. Mas é difícil imaginar que voltaremos ao velho mundo”.
A subida nos preços dos produtos contribuíram para o aumento das vendas no trimestre mais recente. Antes da pandemia, os consumidores estavam dispostos a comprar sem descontos os produtos mais caros que a empresa oferece. Esse aumento de preços continuou no último trimestre e ajudou a compensar as perdas devido à volatilidade da taxa de câmbio.
Veja também: Unilever registra queda de 38% no lucro líquido em 2019
Em geral, a P&G registrou um lucro líquido de U$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 14,42 bilhões) nos três meses até 30 de junho. As vendas foram de US$ 17,7 bilhões, ultrapassando as expectativas do mercado, de US$ 17 bilhões.