A farmacêutica norte-americana Pfizer (NYSE: PFE) anunciou nesta sexta-feira (15) que vai diminuir temporariamente, a partir da semana que vem, o fornecimento de sua vacina para a covid-19 a países da Europa, segundo comunicado divulgado no site do Instituto de Saúde Pública da Noruega.
De acordo com o diretor do Controle e Prevenção de Infecções norueguês, Geir Bukholm, a redução significará 7.800 doses a menos do que o previsto anteriormente para o país nas próximas três semanas. A Pfizer não especificou até quando a decisão vai durar.
Segundo o comunicado do Instituto, a redução ocorre por conta de uma “reorganização” ligada ao aumento da capacidade produtiva da Pfizer.
“Assim que essa atualização for concluída, eles poderão aumentar sua produção da vacina dos atuais 1,3 bilhão de doses por ano para 2 bilhões de doses por ano. A redução temporária da oferta afetará todos os países europeus”, acrescenta a agência de saúde norueguesa.
“Ainda não está claro quanto tempo levará para que a Pfizer atinja a capacidade máxima de produção novamente”, diz o comunicado.
Pfizer diz que fará o necessário para cumprir cronograma
Ainda hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, comentou o anúncio da Pfizer. Segundo ela, em conversa telefônica, o CEO da farmacêutica, Albert Bourla, garantiu que a empresa fará o que for necessário para evitar atrasos na entrega das doses.
Von der Leyen também cobrou repostas da companhia sobre a quantidade de doses que serão entregues. Ela acrescentou que há necessidade médica de que elas sejam distribuídas a tempo, uma vez que algumas pessoas já receberam a primeira injeção. “Estamos enfrentando dificuldades normais”, caracterizou.
A líder do braço executivo da União Europeia (UE) disse ainda que espera para o final deste mês a autorização para o uso emergencial do imunizante desenvolvido pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford.
Por volta das 16h, as ações da Pfizer nos Estados Unidos operavam em leve queda de 0,16%, a US$ 36,69.
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