Pfizer e BioNTech iniciam teste final para vacina contra coronavírus
A farmacêutica norte-americana Pfizer (NYSE: PFE), em colaboração com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech (NASDAQ: BNTX), iniciou, nesta segunda-feira (27), a fase final de testes de sua vacina contra o novo coronavírus (Covid-19).
O teste final da possível vacinal incluirá até 30.000 participantes entre 18 e 85 anos em 120 locais ao redor do mundo, anunciaram as empresas. Se forem bem-sucedidas, eles esperam enviar a vacina para revisão regulatória final já em outubro. As empresas planejam fornecer até 100 milhões de doses até o final de 2020 e aproximadamente 1,3 bilhão de doses até o final de 2021.
A decisão de iniciar o teste reflete “nosso principal objetivo de levar ao mercado uma vacina altamente eficaz o mais rápido possível, enquanto continuaremos a avaliar nossos outros candidatos a vacina como parte de um portfólio diversificado de tratamentos para combater o COVID-19, ”, disse o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, em um comunicado.
A vacina da companhia estadunidense é realizada com RNA mensageiro, uma técnica que procura estimular a produção de anticorpos para que o organismo humano possa impedir o vírus de atacar células saudáveis.
As ações da Pfizer subiram mais de 3% após o pregão desta de segunda-feira. A BioNTech subiu mais de 2% no aftermarket.
Para qualquer vacina ser aprovada ou distribuída, são necessárias três fases de testes. A primeira se concentra na tentativa dos laboratórios em comprovar a segurança de suas medicações em seres humanos. A segunda, por sua vez, é o período em que há a tentativa de levantamento da informação se a vacina ou remédio produz imunidade à doença.
Já a última fase do estudo procura apresentar a eficácia da imunização ao vírus. Uma vacina pode ser disponibilizada à população quando recebe um registro sanitária comprovando sua eficácia. A quarta fase se concentra na distribuição à população.
No início deste mês, ambas a Pfizer e a BioNTech indicaram que um dos seus quatro candidatos a vacina contra o coronavírus produzia anticorpos neutralizantes, o que os pesquisadores acreditam ser necessário para criar imunidade ao vírus.
Vacina dos EUA será produzida por Pfizer e BioNTech
O governo dos Estados Unidos fechou um contrato com a Pfizer e a BioNTech para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina experimental contra o novo coronavírus (Covid-19). O com o objetivo de distribuí-las gratuitamente, a Casa Branca pagará US$ 1,95 bilhões (cerca de R$ 9,94 bilhões) às empresas.
Confira: Vacina dos EUA será produzida por Pfizer e BioNTech; contrato de US$ 1,95 bi
Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país, ainda haverá a possibilidade de aquisição de mais 500 milhões de doses adicionais da vacina BNT162, caso aprovada pelo órgão regulador. A Pfizer faria o medicamento.