PF investiga vazamento de dados de cidadãos e autoridades
A Polícia Federal abriu nesta quarta-feira (3) um inquérito para investigar o vazamento de dados de cidadãos e autoridades na internet.
O vazamento de dados atingiu na última semana mais de 223 milhões de brasileiros, os quais tiveram as informações pessoais expostas na internet. Este é o maior vazamento do tipo já identificado no País.
A origem do vazamento ainda é desconhecida. O Serasa, inicialmente, era apontado como a fonte dos dados. Contudo, a empresa afirmou que investigou o caso e concluiu que as informações não têm origem na sua base de dados.
Com isso, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o Procon-SP e a Autoridade Nacional de Proteção aos Dados (ANPD) estão analisando a origem.
Dados vazados
Além dos 223 milhões de CPFs -número que inclui pessoas falecidas, também vazaram 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos.
Há também outras informações detalhadas de cidadãos brasileiros como nome, endereço, renda, imposto de renda, fotos de rosto, participantes do Bolsa Família, scores de crédito, entre outras. Ao todo, foram 37 categorias divulgadas por pessoa, como data de nascimento, nome completo e renda.
Embraer confirma vazamento de dados
Recentemente, a Embraer (EMBR3) também passou por um vazamento de dados em seu sistema, após ser hackeada.
A empresa informou ao mercado que os hackers, que invadiram os sistemas da companhia, começaram a vazar os dados na internet após a fabricante de aeronaves ter se recusado a negociar o pagamento de resgate aos criminosos.
Os hackers atacaram no dia 25 de novembro os arquivos da Embraer, e começaram a vazar alguns dos arquivos privados da empresa.
Segundo o fato relevante da fabricante, entre o vazamento de dados, estariam a íntegra de contratos, informações de funcionários, modelos em 3D de aviões e dados sobre a compra de aviões militares da Nigéria. Esses dados foram disponibilizado na deep web, parte da rede que não é indexada por buscadores como o Google.