A diretoria da Petz (PETZ3) publicou comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) negando um potencial acordo de fusão com a concorrente Cobasi, como havia sido noticiado pelo jornal Valor Econômico pela manhã.
“A esse respeito, a companhia esclarece que, no curso normal de suas atividades, continuamente avalia e explora potenciais oportunidades de aquisições e combinações de negócios, incluindo com outros estratégicos do setor, porém até esta data, não existe qualquer documento, seja preliminar, definitivo ou outro documento vinculante, celebrado nesse sentido com a Cobasi”, diz trecho do comunicado.
A Petz ainda reiterou seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado informados.
No Ibovespa, as ações da Petz lideravam as maiores altas, com avanço de 5,7%, por volta das 11h20.
Combinação de negócios
Segundo a reportagem do Valor, as empresas já haviam tentado uma combinação de negócios em um passado recente, no entanto as conversas não seguiram adiante.
Ainda de acordo com a reportagem, os dois grupos são bem consolidados no mercado paulista. As rivais têm cada uma cerca de 200 lojas e, juntas, ganham força para se tornarem grandes consolidadoras do setor no país.
“A Petz, que abriu capital em 2020 e captou cerca de R$ 3 bilhões, tornou-se referência no segmento e, desde então, buscou fazer movimentos para se consolidar no mercado. No fim de 2021, a companhia levantou quase R$ 800 milhões em uma oferta subsequente de ações (“follow-on”, na sigla em inglês) para usar parte dos recursos na expansão de suas lojas”, diz o texto.
Em 2021, a Cobasi recebeu aporte de R$ 300 milhões do fundo Kinea, que ficou com cerca de 8% de fatia na rede, para financiar a expansão do negócio fora do Estado de São Paulo. Se as conversas entre as duas maiores varejistas de pet shop avançarem, seria uma forma de o Kinea reduzir posição no negócio.
Por fim, a reportagem apontou que suas fontes afirmaram que a Petz é assessorada pelo Itaú BBA e a Cobasi estaria com o Morgan Stanley.