PetroRio (PRIO3) tem prejuízo de R$ 110,6 milhões no 3T20; aumento de 9,2%
A PetroRio (PRIO3) apresentou, na noite da última terça-feira (3), um prejuízo de R$ 110,59 milhões auferido no terceiro trimestre deste ano. O resultado negativo amplia em 9,2% a perda de R$ 101,26 milhões do mesmo período do ano passado. Os valores são atribuídos aos controladores.
De acordo com o documento apresentado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a receita total cresceu 22% na comparação anualizada, para R$ 488,69 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da PetroRio, por sua vez, avançou 63%, para R$ 308,97 milhões.
No entanto, a depreciação e amortização cresceu 66% durante o período entre julho e setembro deste ano, para R$ 200,95 milhões. Com isso, o resultado financeiro foi negativo em R$ 182,18 milhões. Os números apresentados contemplam a contabilidade IFRS-16.
Em comunicado, a direção da companhia disse que os resultados “são frutos da resiliência do nosso modelo de negócios, da agilidade das nossas equipes, e também reflexo da capacidade de integração entre os nossos ativos, e o alto potencial de geração de valor que esta integração traz. Desta forma, apresentamos neste trimestre mais uma redução nos custos por barril, mais um aumento da liquidez e mais uma redução de alavancagem”.
PetroRio salienta nova redução de lifting cost
Outro destaque da petroleira para o período foi a nova redução do lifting cost, para US$ 12,8 bbl (barril de óleo) — esse foi o sétimo trimestre consecutivo de queda. Além disso, a produção no trimestre alcançou 33 mil bbl por dia em setembro.
De acordo com a companhia, a melhora no lifting cost se deve, principalmente, à racionalização de custos operacionais nos campos de Frade e Polvo, onde foram realizadas iniciativas contínuas de revisão dos contratos ao longo dos últimos 12 meses.
Além disso, também contribuiu o aumento de produção em Polvo, para o patamar de 11 mil bbl por dia, ainda em março, “sem que isso acarretasse em aumento dos custos no campo”. A desvalorização do real frente ao dólar também beneficiou os custos da companhia quando traduzidos na divisa norte-americana, “uma vez que 50% dos custos são denominados na moeda local”.
A posição de caixa da empresa no fim de setembro era de R$ 761 milhões, além de R$ 550 milhões em estoque de óleo, avanço de mais de 25% (o montante não considera as ações em tesouraria).
A direção da PetroRio também salientou a nova redução na alavancagem financeira da companhia, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, que ficou em 1,9 vez no terceiro trimestre. A dívida líquida ficou em US$ 239 milhões.