A PetroRio (PRIO3), também conhecida como PRIO, teve seu preço-alvo atualizado pelo Credit Suisse, após o banco incorporar expectativas mais altas para o preço do petróleo no Brasil.
A casa elevou o preço-alvo das ações da PetroRio de R$ 38 para R$ 42.
Em relatório publicado no domingo, os analistas Regis Cardoso e Marcelo Guimero afirmaram que a PetroRio sai como a empresa mais beneficiada por maiores preços do petróleo no longo prazo.
“Embora a gente prefira os yields da Petrobras no curto prazo, a PetroRio é uma alternativa viável para investidores ganharem exposição aos preços do petróleo no longo prazo sem enfrentar o risco estatal embutido na Petrobras”, dizem.
A PetroRio recebeu, ainda, reiteração da recomendação de “Outperform” (desempenho acima da média de mercado, equivalente a compra) por parte do Bank of America.
O banco aumentou a estimativa para o barril do petróleo Brent de US$ 70 para US$ 75 em 2025 e de US$ 65 para US$ 70 em 2026.
As mudanças na estimativa são fruto da inflação na cadeia de oferta usptream, uma vez que os custos de capital aumentaram 20% desde o fundo em 2016-2020.
Para o curto e médio prazo, a instituição trabalha com o cenário de que os preços do petróleo devem atingir US$ 90 no quarto trimestre de 2022, US$ 85 em 2023 e US$ 80 em 2024.
Portfólio da PetroRio pode se valorizar
O time de analistas do Credit Suisse afirmou que a PetroRio carrega um portfólio com potencial de valorização atrativo.
No início do mês, a PetroRio anunciou a compra da Dommo (DMMO3), que detém 5% de participação nos campos Polvo e Tubarão Martelo (os 95% restantes já são da PRIO).
“Adquirir o Tubarão Martelo foi a decisão certa para adicionar volumes ao portfólio, mas reduzir custos e eliminar a necessidade de um dos FPSOs por meio de um tieback com Polvo foram o que realmente adicionou valor para o ativo”, comentam Cardoso e Gumiero.
As ações da PetroRio encerraram o pregão em cerca de 0,21% desta segunda-feira, sendo negociadas por cerca de R$ 28 — o que implica potencial de alta de cerca de 35% para os papéis, com base no preço-alvo estipulado pelo Credit Suisse.