Após a divulgação do desempenho operacional da PetroRio (PRIO3) em maio, o BTG Pactual manteve seu otimismo com relação à empresa e um alto potencial de valorização de suas ações.
A companhia anunciou que o início da produção de um novo poço da PetroRio (ODP4) no Campo de Frade deve aumentar a capacidade da empresa em 44%, a 49 mil barris de óleo por dia.
O novo poço apresenta forte fluxo inicial de óleo, batendo 15 mil barris por dia (bopd) — um aumento 60% maior do que a projeção do BTG, de 5,5 a 6 mil bopd, e que representa um incremento de aproximadamente 100% na produção consolidada do Campo de Frade, atualmente beirando os 15,1 mil bopd.
Também salta aos olhos dos analistas o fato de que o investimento total no poço ficou 30% abaixo dos US$ 70 milhões esperados pelo BTG, com conclusão 68 dias antes do estimado. A economia, segundo o banco, pode chegar aos US$ 20 milhões.
PetroRio: 8% a mais em valor de mercado
O BTG estima que a empresa produzirá cerca de 20 milhões de barris a mais do que o esperado nos próximos 10 anos, o que pode causar um impacto de até R$ 1,80 por papel da PetroRio.
“Em um cálculo conservador, e com base em um múltiplo EV/1P de US$ 13, em que a ação é negociada hoje, estimamos a adição de valor de US$ 277 milhões, ou R$ 1,80 por ação (8 % do valor de mercado atual)”.
Possíveis riscos
O BTG declarou que os maiores riscos para a PetroRio se concentram na capacidade da empresa em continuar gerando campanha de redesenvolvimento bem sucedidas em seus campos maduros de petróleo e gás.
Além disso, o banco ainda cita possíveis volatilidades de preços de commodities no mercado internacional e imprevistos como desastres naturais envolvendo os ativos da empresa.
Recomendação
O BTG manteve a sua recomendação de compra para as ações da PetroRio, com preço-alvo de R$ 47.
Considerando a cotação da PetroRio registrada no fechamento desta terça-feira (12), de R$ 22,28 por ação, o preço alvo do BTG implica potencial de cerca de 111% de valorização de PRIO3.