PetroRio (PRIO3) abre em forte queda; BTG recomenda compra apesar de “resultado fraco”
Após divulgar nesta segunda-feira (2) seu balanço do quarto trimestre, a PetroRio (PRIO3) abriu em forte queda na B3 (B3SA3), caindo cerca de 4,50%, com suas ações ordinárias negociadas a R$ 84,16.
O BTG Pactual (BPCA11), em relatório, definiu o conjunto de resultados da PetroRio como “mais fraco do que o esperado”, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficando 15% menor do que o consenso, em R$ 543 milhões. Entretanto, o banco recomendou a compra do papel e fixou o preço-alvo em R$ 100.
Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte pontuam que as diferenças entre as expectativas e a realidade se deram pelo fato de o preço do petróleo ter ficado um pouco aquém do esperado e os custos de extração um pouco além. Destacam também para a manutenção da alavancagem da companhia na comparação com 2019, a despeito das dificuldades enfrentadas com a pandemia, que é algo positivo.
Baixas operacionais da PetroRio não seriam recorrentes
Apesar da alta dos preços de produção, o BTG pontua que esse acréscimo foi causado por conta de paradas realizadas no Campo de Polvo e no Campo de Frade, que reduziram a eficiência operacional, mas que não mudam o fato de os custos terem caído por oito trimestres consecutivos.
“Em termos comerciais, a PetroRio continua a tirar proveito de boas janelas de oportunidade e disse que já protegeu a maior parte das vendas esperadas no primeiro semestre de 2021 em um piso de US$ 65 por barril, ou 51% acima do preço médio do Brent em 2020”, diz o relatório.
O BTG pontua ainda que, apesar da PetroRio não estar mais uma “pechincha”, o recente follow-on, em que levantou mais de R$ 2 bilhões, deve resultar em novas fusões e aquisições, além da revitalização do portfólio atual.
A alta do petróleo, com o cenário macro favorável, a baixa exposição ao risco político da empresa e a perspectiva de crescimento seriam uma combinação de fatores para, de acordo com o BTG, comprar ações da PetroRio.