Petróleo sobe ajudado por decisão da Saudi Aramco e pacote de Biden
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (8). A decisão da Saudi Aramco de elevar seus preços de venda do óleo e a aprovação do pacote de infraestrutura nos Estados Unidos contribuíram para o avanço. Investidores aguardam o anúncio do presidente Joe Biden sobre medidas ligadas ao setor da commodity.
O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,81% (US$ 0,66), a US$ 81,93 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro subiu 0,83% (US$ 0,69), a US$ 83,43 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Em meio ao aperto de oferta da commodity, a estatal petrolífera da Arábia Saudita, Saudi Aramco, informou que aumentará o preço do óleo aos clientes globais em dezembro.
A decisão dá-se na esteira da reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), na semana passada, que definiu a manutenção do ritmo de aumento da oferta, em 400 mil barris por dia (bdp) mensalmente.
Os ativos de petróleo hoje chegaram a operar com avanço de 1%, mas perderam fôlego ao longo da sessão.
Mercado aguarda fala de Biden sobre petróleo
A secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, disse que Biden fará um anúncio, ainda nesta semana, referente ao petróleo e à gasolina. De acordo com a autoridade, o presidente quer um “melhor equilíbrio” entre oferta e demanda.
Também nos EUA, a Câmara dos Representantes aprovou o pacote de infraestrutura, em cerca de US$ 1 trilhão. “O pacote de Biden … é uma superiniciativa, que definitivamente irá ajudar o aumento da demanda do óleo, e vem no momento em que os EUA estão pressionando a Opep+ para aumentar sua produção e aliviar os preços,” observa Louise Dickson, analista da Rystad Energy.
Dickson pontua que os EUA e a China têm ferramentas para ajudar a controlar o preço do petróleo. Mas ela acredita que movimentações estratégicas para liberar estoques do óleo só serão comunicadas depois de amanhã, quando a Administração de Informações de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos EUA deve publicar seu relatório de perspectiva no curto prazo para o petróleo.
(Com Estadão Conteúdo)
