A Organização dos Países Exploradores de Petróleo (Opep) irá convocar uma reunião virtual na quinta-feira (9) com os países membros para negociar uma trégua na guerra de preços.
A reunião contará ainda com a presença de representantes do Canadá e da Rússia e terá como objetivo um acordo na guerra por participação no mercado de petróleo entre a Arábia Saudita, líder da Organização, e a Rússia.
Na ocasião, sauditas e russos se desentenderam quanto a meta de produção no mercado da commodity, em razão da crise do novo coronavírus (covid-19). A guerra de preços entre os dois países gerou um tombo nos números do petróleo, que registrou queda de 70% desde o início de março.
A falha nas negociações de um acordo entre a Arábia Saudita, a Rússia e seus aliados resultou no corte de produção e na redução brusca de preços por parte do país do Oriente Médio, para ganhar posição no mercado de seus rivais.
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Em função da espera pela reunião, a Arábia Saudita postergou o anuncio dos preços de seus petróleo. A decisão representa uma medida de apaziguamento na guerra com a Rússia.
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No entanto, se por uma lado, a decisão de adiar a divulgação dos preços da commodity indica a intenção que se chegue a um acordo na reunião. Por outro, a medida pode significar uma ameaça de que a guerra pode ser retomada, se as negociações falharem, apontam delegados da Opep.
Posição dos Estados Unidos na guerra do petróleo
A negociações acerca da produção entre a aliança dos 23 países, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, a Opep+,tinha previsão de ser retomada no dia seguinte. A acordo se daria em torno de um corte de produção coletivo de até 10 milhões de barris de petróleo por dia, visto que a pandemia fez a demanda recuar.
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No entanto, a reunião foi postergada para a próxima quinta-feira, pelo fato da Arábia Saudita e a Rússia voltarem a desentender, enquanto os Estados Unidos não conseguiram definir os próprios cortes de produção. A Opep esperava que os produtores estadunidenses tivessem participação na reunião virtual.
A Arábia Saudita e a Rússia informaram que é improvável que haja uma redução nas suas produções de petróleo, se não houver participação dos produtores dos Estados Unidos.
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