Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (22), com temores renovados sobre a demanda por gasolina.
Resultados fracos de índices de gerente de compras (PMIs, na sigla em inglês) nas maiores economias do mundo também pesaram sobre a commodity. Desde abril, é a primeira vez que o petróleo WTI fecha abaixo de US$ 95 por barril.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de WTI com entrega prevista para setembro caiu 1,71% (US$ 1,65), a US$ 94,70 o barril.
Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para outubro teve baixa de 1,11% (US$ 1,10), a US$ 98,38.
Na semana, a queda acumulada foi de 2,96% e 2,75%, respectivamente, para os contratos mais líquidos.
O PMI composto de julho sinalizou contração na zona do euro e atingiu os níveis mais baixos em 17 e 26 meses no Reino Unido e Estados Unidos, respectivamente. Analista da Oanda,
Edward Moya afirma que a sessão foi marcada por manchetes com sentimento de baixas para o petróleo: “Os PMIs globais levam a preocupações com recessão, a produção na Líbia está aumentando e os lucros apontam para enfraquecimento do consumo”.
Para Moya, o petróleo talvez se estabeleça e torno de US$ 95, mas a deterioração da perspectiva de demanda pelo petróleo deve impedir um movimento sustentado acima do nível de US$ 100 por barril.
Já o membro administrativo da Tyche Capital Advisors, Tariq Zahir, prevê que o barril do petróleo irá recuperar a marca de US$ 100 por barril no curto prazo e nota que os preços de energia são “extremamente voláteis”.
Para Zahir, o risco para o mercado de petróleo é positivo, diante da temporada de furacões no Atlântico, que pode impactar a oferta.
Durante a sessão, o petróleo chegou a ganhar fôlego e avançar momentaneamente, apoiado em um dólar fraco ante rivais. O movimento, porém, não se sustentou.
(Com informações do Estadão Conteúdo)