Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa nesta quinta-feira (14), novamente abaixo da marca de US$ 100 por barril.
O preço do petróleo continua sendo pressionado pela força do dólar ante rivais, em meio às expectativas de um aperto monetário agressivo pelo Federal Reserve (Fed) diante da alta inflação americana.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega marcada para agosto caiu 0,54% (US$ 0,52), a US$ 95,78, enquanto o do Brent para o mês seguinte recuou 0,47% (US$ 0,47) , a US$ 99,10, na Intercontinental Exchange (ICE).
Durante as negociações, a queda do petróleo fez com que a commodity retomasse os menores níveis desde 25 de fevereiro, dia seguinte à invasão da Rússia à Ucrânia. A força do dólar ante rivais encarece as commodities para detentores de outras moedas.
Mais cedo, o índice DXY, que mede o dólar frente seis rivais, ultrapassou os 109 pontos.
Depois do forte avanço do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, com salto anual de 9,1% divulgado ontem, a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) também veio acima das expectativas de analistas para o mês de junho, com avanço anual de 11,3%. O resultado reforçou apostas de altas de 100 pontos-base pelo Fed na reunião deste mês.
Em coletiva de imprensa antes da reunião do G20, a secretária do Tresuries, o tesouro americano, Janet Yellen, defendeu que impor um teto aos preços do petróleo da Rússia é um dos “mais poderosos instrumentos” para controlar a escalada inflacionária.
O presidente dos EUA, Joe Biden, dá continuidade a sua visita ao Oriente Médio. Apesar do recente recuo do petróleo, a segurança energética segue em sua agenda. Em relatório, a Oxford Economics diz duvidar que a visita do democrata terá muito efeito sobre o volume de produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) ou sobre as conversas nucleares com o Irã.
(Com informações do Estadão Conteúdo)