Petróleo fecha em queda de quase 3%, com Ômicron lançando dúvidas sobre demanda

As preocupações com o descasamento entre oferta e demanda por petróleo, diante do avanço da variante Ômicron do coronavírus pelo mundo, pesou fortemente nas negociações da commodity nesta sessão. Os contratos futuros chegaram a cair ao redor de 6%, antes de reduzirem a queda pela metade no fechamento.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para fevereiro recuou 2,98% (US$ 2,11), para US$ 68,61, enquanto o do Brent para o mesmo mês caiu 2,72% (US$ 2,00), a US$ 71,52, na Intercontinental Exchange (ICE).

“A crescente convicção dos investidores de que a variante Ômicron pode levar os mercados a um superávit, o que foi ecoado pelas expectativas da AIE, deve, em última instância, manter os preços sob pressão até que fique claro como as potências mundiais vão lidar com a variante. Nesse sentido, a transmissibilidade pode estar mais altamente correlacionada com bloqueios do que com a gravidade, o que mantém a demanda em risco”, afirma a TD Securities em relatório enviado a clientes.

Para a Fitch, a demanda por petróleo deve continuar crescendo em 2022, mesmo diante das incertezas geradas pelo avanço da variante Ômicron do coronavírus. Em relatório, a agência de risco disse que considera que os lockdowns decorrentes da nova onda de infecções serão mais curtos e menos severos que em 2020, mas pondera que a recuperação do mercado pode ser revertida se a Ômicron ou outras variantes novas em potencial se mostrarem significativamente mais infecciosas ou perigosas, levando a novos bloqueios sincronizados prolongados.

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“A Opep+ tem sido o principal fator de estabilização no mercado global de petróleo desde o início da pandemia e provavelmente permanecerá assim no curto prazo, mas suas políticas podem se tornar menos eficazes com o tempo, pois alguns membros da aliança (como Emirados Árabes Unidos e Rússia) estão considerando aumentar a produção para monetizar suas grandes reservas”, observa a Fitch.

Olhando para frente, o Rabobank avalia que os gestores de ativos podem ter grande interesse na compra de futuros de petróleo, com a alta do dólar e/ou a volatilidade sendo revertidas no próximo ano. “Além disso, as preocupações com a inflação foram um dos principais impulsionadores de um ressurgimento do fluxo para o índice de commodity em 2021, e suspeitamos que essa tendência continue em 2022 e além.”

Numa ação para tentar conter o avanço da mudança climática, o governo dos EUA anunciou que irá intensificar os padrões de eficiência de combustíveis, com entrada em vigor prevista para 2023.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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