Petróleo cede mais de 2% com incertezas de nova cepa do vírus na Europa
O preço do petróleo recuou mais de 2% nesta segunda-feira (21) com os investidores avaliando os possíveis impactos da disseminação de um vírus ainda mais infeccioso, alimentando dúvidas de novas restrições à movimentação de pessoas e do impacto no ritmo de recuperação da economia mundial nos próximos meses.
Sem retomada da economia, a demanda de petróleo seguirá deprimida, criando o ambiente para que a sobreoferta do mercado aumente e pressione ainda mais os preços do barril.
Para o petróleo WTI, negociado na Nymex, o dia foi de perdas de 2,58% no contrato para entrega em fevereiro a US$ 47,97 o barril.
Já o Brent, referência global para a commodity, negociada na Intercontinental Exchange (ICE), de Londres, fechou com igual percentual de queda, -2,58% a US$ 50,91 o barril.
“O mercado elevou os preços do petróleo nas últimas semanas pensando que a pandemia estava ficando sob controle devido ao surgimento da vacina“, observa a Rystad Energy. “No entanto, os preços estavam altos demais em relação à incerteza, o que explica a queda acentuada quando o primeiro revés apontou hoje.”
Segundo o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, a recuperação dos mercados de petróleo globais tem sido mais lenta do que se esperava e deverá demorar dois a três anos. Segundo a Reuters, Novak disse hoje que a produção de petróleo deverá ser restaurada em linha com o aumento na demanda, mas provavelmente não resultará em excesso de oferta.
O petróleo mostrou um sinal de recuperação desde novembro, com o barril avançando mais de 30% com as expectativas da vacinação em massa da população e a retomada das atividades econômicas. O pior momento da commodity ocorreu em abril, quando o contrato futuro do WTI chegou a ser vendido a US$ -40 o barril no dia do vencimento do contrato em meio às restrições globais à movimentação para combater a pandemia.
(Com Estadão Conteúdo e informações da Dow Jones Newswires)