Petróleo perde 7% e fecha abaixo do nível de US$ 100
O petróleo registrou recuo brusco nesta terça-feira (12), caindo entre 7% a 8% nos contratos mais líquidos, fechando o dia abaixo do patamar de US$ 100 por barril, tanto em Nova York quanto Londres.
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Novamente, os investidores focaram na perspectiva de desaceleração da economia global, que pode provocar recessão em algumas das principais economias do mundo. A manutenção das previsões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para a demanda e a piora da covid-19 na China também pesaram sobre o óleo.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto fechou em baixa de 7,93% (US$ 8,25), a US$ 95,84, e o do Brent para setembro despencou 7,11% (US$ 7,61), a US$ 99,49, na Intercontinental Exchange (ICE).
De acordo com o Commerzbank, o principal motivo para a queda do petróleo foi que os investidores especulativos têm reduzido “consideravelmente” suas posições longas em petróleo cru recentemente, em resposta à deterioração da perspectiva para a demanda, diante dos temores de recessão econômica nos EUA e na zona do euro, por exemplo.
Enquanto a economia americana enfrenta um agressivo aperto monetário, a europeia é fragilizada pelas interrupções em entregas de gás natural da Rússia, em retaliação às sanções adotadas por causa da invasão à Ucrânia.
O banco alemão cita ainda o aumento das infecções por coronavírus na China, incluindo suas regiões administrativas, como outro fator para a queda do petróleo.
Mais cedo, a Opep divulgou seu relatório mensal, em que manteve sua previsão para o crescimento da demanda global e da oferta fora do grupo. Segundo a Capital Economics, a perspectiva do cartel antecipa um cenário de oferta pressionada, o que obrigará a Opep a adotar uma política de produção mais relaxada em breve.
“As previsões do grupo apontam para a necessidade de um aumento de quase 1 milhão de barris por dia na produção da Opep em 2023. Isso nos sugere que o cartel pode adotar uma política de produção de petróleo mais liberal a partir de setembro”, comenta.
(Com informações do Estadão Conteúdo)