A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua projeção para a queda na demanda global de petróleo em 2020, de cerca de 9,5 milhões de barris por dia (bpd). Entretanto, a entidade revisou as projeções regionais. O consumo global deve ser de 90,3 milhões de bpd neste ano. As informações foram divulgadas no relatório mensal da organização, nesta terça-feira (13).
Para o próximo ano, a Opep estima um avanço menor, de 6,54 milhões de bpd e não mais de 6,62 milhões de bpd, como havia projetado no mês passado.
“Esta revisão para baixo em 2021 reflete principalmente menor perspectiva de crescimento econômico para os países que fazem parte da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e também os de fora do grupo em comparação com a previsão do mês passado”, informou a Opep em seu relatório.
Os países que integram a OCDE também tiveram projeções modificadas na demanda de petróleo. A entidade prevê uma queda de 4,84 milhões de bpd, 600 mil a menos que a estimativa de um mês atrás. Apesar de uma demanda melhor que o esperado para a primeira metade do ano, de acordo com a Opep, o ajuste foi feito por causa do menor consumo de combustível nos Estados Unidos e em certas regiões da Europa no segundo semestre após uma temporada classificada como “decepcionante” no verão.
Com relação aos países que não fazem parte da OCDE, a Opep ajustou para cima sua prévia, em 500 mil de bpd em 2020, para uma demanda de 4,63 milhões de barris de petróleo por dia neste ano. Esta melhora reflete o desempenho acima do esperado da China.
Para o ano que vem, a Opep espera que o crescimento da demanda de petróleo seja limitado por uma diversos motivos. Entre eles estão o trabalho e a educação a distância, além da queda nas viagens internacionais. A organização ainda cita ganhos de eficiência no setor de transporte, políticas de substituição de petróleo na geração de energia e redução dos subsídios ao setor de combustíveis.
Com informações do Estadão Conteúdo