O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Barkindo, informou que o cartel continua “cautelosamente otimista de que o pior já passou”, se referindo a crise da commodity causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada durante uma entrevista à “TV Bloomberg” de Viena, nessa sexta-feira (15).
Segundo, Barkindo o que aconteceu em abril “foi extraordinário”, mas completou dizendo que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo “aceitaram o desafio”.
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Além disso, o líder do cartel salientou que “o cenário para o segundo semestre do ano começa a parecer animador e positivo de que haverá uma recuperação”. Ele acrescentou dizendo que o grupo se reunirá em junho, e discutirá sobre a economia global, a recuperação da demanda pela commodity e sobre a evolução da pandemia.
O Barkindo indicou que o grupo, bem como parceiros, estão implementando cortes na produção, e que isso também será analisado na reunião. Frente a isso, ele prevê uma queda de 17,2 milhões de barris de petróleo por dia.
Redução da projeção de demanda global por petróleo em 2020
A Opep anunciou, novamente, um corte na sua projeção para demanda global da commodity em 2020, na última quarta-feira (13).
O cartel estimou que a demanda global caia em 9,07 milhões de barris por dia (bpd). Para os países que não fazem parte da organização o corte do petróleo será em quase 2 milhões bpd, em comparação com a projeção do mês passado, e agora está previsto uma queda de 3,5 milhões de bpd.
De acordo com a Opep, a queda significativa na projeção é devido a alta demanda, baixos preços da commodity, excesso de fornecimento e capacidade limitada de armazenamento.
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“Prevê-se que o suprimento de petróleo em 2020 mostre crescimento apenas na Noruega, Brasil, Guiana e Austrália”, citou a instituição.
Para os EUA a previsão de crescimento da oferta do petróleo para 2020 foi revisada em 1,3 milhão de bpd, desse modo, declínio de 1,4 milhão em comparação com o mesmo período no ano passado.
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