Os futuros contratos do petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira (30). O impasse sobre o embargo da União Europeia às importações da commodity russa e o relaxamento da China em relação as restrições da Covid-19 permaneceram dentro do radar, assim como a tensão entre EUA e Irã. O feriado norte-americano ‘Memorial Day’ deixou Nova York sem pregão, deixando a sessão marcada por um menor volume de negócios.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo para agosto encerrou com ganho de US$ 2,04 (+1,72%), a US$ 117,60 por barril. No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para julho subia 1,76%, a US$ 117,09 por barril por volta das 14h50 (de Brasília). Os dois contratos rondam os níveis mais altos desde o início de março, há mais de dois meses.
Segundo informou a imprensa estatal chinesa, a China relaxou restrições à circulação de pessoas em várias cidades, incluindo Pequim. Xangai, que teve um dos mais restritos lockdown do país, anunciou um pacote de estímulos econômicos e se prepara para retirar os limites à indústria, segundo o DNB Markets.
As perspectivas de reabertura reavivaram o otimismo em relação à demanda chinesa, o que apoiou os preços das commodities. Em foco também no mercado, líderes da União Europeia se reuniram nesta segunda para discutir um novo pacote de sanções contra a Rússia, em resposta a invasão da Ucrânia. O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, insiste em se opor ao embargo às importações de petróleo russo, o que complica as discussões.
Divergências também se aprofundaram nas relações entre Estados Unidos e Irã, depois que o país persa apreendeu dois navios de petróleo grego na costa do Golfo Pérsico. O episódio dificulta as negociações pela retomada do acordo nuclear entre Washington e Teerã, que poderia liberar até 1 milhão de barris de petróleo da por dia (bpd) da commodity iraniana, conforme avalia análise da S&P Global.
*Com informações da Dow Jones Newswires
Com informações do Estadão Conteúdo