O petróleo fechou em leve alta nesta terça-feira (2), um dia antes da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que não deve aumentar sua meta de produção, apesar do aperto no mercado.
Além disso, no radar dos investidores esteve com a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
A China, importante consumidora da commodity, realizará exercícios militares entre quinta-feira e domingo, em resposta.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em alta de 0,56% (US$ 0,53), a US$ 94,42, por barril. Enquanto o do petróleo Brent subiu 0,51% (US$ 0,51), a US$ 100,54 por barril.
Os estoques do óleo e de gasolina nos EUA devem ter recuado na semana passada, segundo pesquisa da Reuters. Os números oficiais dos estoques americanos saem amanhã, com prévia da API marcada para o fim da tarde de hoje.
Já o Comitê Técnico Conjunto da Opep+ cortou sua projeção de um superávit no mercado de petróleo neste ano em 200 mil barris por dia (bpd), a 800 mil bpd, também segundo reportado pela Reuters.
Investidores também estão de olho na visita de Pelosi, que aterrissou em Taiwan hoje de manhã, apesar das ameaças chinesas. O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, avaliou que a viagem da presidente da Câmara desafia a soberania chinesa e mina “ainda mais” a credibilidade nacional americana.
De acordo com o economista da Oanda Edward Moya, os preços do petróleo estão subindo devido às expectativas de que o mercado de petróleo ainda permanecerá apertado após a reunião da Opep+ de amanhã.
“Os comerciantes de energia estão cada vez mais confiantes de que a Opep+ resistirá aos pedidos para aumentar sua produção. O apetite ao risco permaneceu saudável, pois a retaliação imediata da China à viagem do presidente da Câmara, Pelosi, a Taiwan não levou a nenhum temor de que uma grande interrupção ocorresse nas cadeias de suprimentos”, analisa, em relatório enviado a clientes. “O lado da oferta também está dando um impulso para o petróleo, já que os comerciantes de energia antecipam que os estoques continuarão a diminuir”, completa.
Ministros de Relações Exteriores do Grupo dos Sete (G7) reiteraram, em comunicado, sua disposição para reduzir as receitas da Rússia por meio do mercado de energia.
Entre os esforços destacados, o grupo das principais potências mundiais se comprometeu a continuar buscando formas de proibir serviços que permitem o transporte de petróleo cru e derivados produzidos na Rússia.
(Com informações do Estadão Conteúdo)