Petróleo: Goldman Sachs revisa tese ‘para baixo’ e vê US$ 86 por barril

Em novo parecer acerca das projeções do petróleo, os analistas do Goldman Sachs firmaram projeção de US$ 86 por barril, cortando as projeções anteriores, de US$ 95.

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Trata-se da terceira vez consecutiva que os especialistas da casa derrubam as expectativas para o preço do petróleo.

“Nunca estivemos tão errados por tanto tempo sem ver evidências para mudar nossos pontos de vista”, afirmou Jeff Currie, chefe da área de research de commodities do Goldman, em entrevista à Bloomberg TV.

O especialista destacou a recuperação acima do esperado da produção russa e o aumento generalizado da curva de oferta em países que são alvos de sanções econômicas.

Além disso, destacou os juros em patamares historicamente altos ao redor do globo como “ventos contrários persistentes”, sendo um fator de influência relevante na cotação do petróleo.

Arábia Saudita fez corte na produção de petróleo

Ainda na semana anterior foi anunciado um corte na produção de petróleo pela Arábia Saudita. Trata-se de uma redução de 1 milhão de barris ao dia, que passará a vigorar no mês de julho.

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O ministro de Energia da nação, o príncipe Abdulaziz bin Salman Al-Saud, havia se comprometido em reduzir a produção de 10 milhões de barris ao dia para 9 milhões de barris ao dia – configurando o maior corte da Arábia Saudita em anos.

Além desse corte, outro fator que impacta o preço do petróleo é o fato de que com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) estendeu seu acordo sobre restrições de fornecimento de petróleo bruto até 2024.

O cartel já implementou cortes que somam 3,66 milhões de barris ao dia – o que representa cerca de 3,6% da demanda global.

Após a decisão, o UBS destacou que o novo corte não afeta as projeções da casa, que miram US$ 95 para o fim do ano.

“Apesar da tênue reação do mercado, acreditamos que essa é uma decisão muito otimista. O corte saudita de 1 milhão de barris em julho pode ser estendido, se necessário, e o tom da coletiva de imprensa sugeriu união dos produtores. Acreditamos que a demanda por petróleo continua sólida e que os cortes voluntários na produção fortalecerão o mercado durante o segundo semestre do ano”, diz a casa.

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Eduardo Vargas

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