Os contratos futuros de petróleo fecharam esta quinta-feira (12) em queda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro perdeu 0,80% durante o dia e fechou aos US$ 41,12 o barril, já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro caiu 0,62%, cotado a US$ 43,53 o barril.
A queda dos contratos futuros de petróleo aconteceram em meio a preocupações com uma nova onda do novo coronavírus (Covid-19) ao redor do mundo. Nesse cenário, a Agência Internacional de Energia (AIE) piorou suas previsões para a demanda pelo ativo energético este ano.
Além disso, o aumento dos estoques de petróleo nos Estados Unidos puxou a cotação da commodity. No entanto, o dólar fraco e o otimismo dos investidores sobre uma vacina contra a Covid-19 ajudaram a limitar as perdas.
Cabe destacar que os EUA registraram um recorde diário de casos de coronavírus na última quarta-feira (11), quando confirmou 144 mil diagnósticos em 24 horas. Já na Europa, a Alemanha reportou uma nova máxima no volume de infecções em um dia, com mais de 18 mil.
AIE piora previsão de queda na demanda global por petróleo em 2020
A AIE piorou suas perspectivas para a demanda por petróleo neste ano diante dos impactos futuros da segunda onda do novo coronavírus. A entidade, com sede em Paris, revisou para baixo em 400 mil de barris por dia (bpd) a projeção para a queda do consumo global da commodity, que deve ser de 8,8 milhões de bpd (ante 8,4 milhões), conforme relatório mensal publicado nesta quinta-feira.
Para 2021, porém, a AIE está mais otimista. Espera que a demanda por petróleo ao redor do mundo cresça em 5,8 milhões de bpd ante 5,5 milhões no mês passado. “É improvável que as vacinas aumentem significativamente a demanda até o próximo ano”, justificou a AIE, no documento.
A oferta global por petróleo cresceu 200 mil de barris por dia em outubro, para 91,2 milhões de bpd. De acordo com a AIE, a produção dos países participantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manteve-se praticamente estável. O cumprimento do acordo de corte da produção de petróleo ficou em 103%, mesmo patamar de setembro.
Com informações do Estadão Conteúdo.