O petróleo avançou nesta terça-feira (19), em sessão que terminou positiva após os contratos no mercado futuro chegarem a operar em baixa, ao redor de 2%, em Nova York e Londres.
O apetite por risco nos mercados globais ajudou o óleo a se firmar em alta no começo da tarde. A queda do dólar ante moedas fortes, como o euro e a libra, também apoiou a commodity, uma vez que a torna mais barata e atraente a operadores que negociam com outras divisas.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro fechou em alta de 1,33% (US$ 1,32), a US$ 100,74, e o do petróleo Brent para o mesmo mês subiu 1,02% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 107,35.
“Os preços foram impulsionados pelo dólar mais fraco e pelo melhor sentimento do mercado em geral”, resume o Commerzbank, em relatório enviado a clientes.
Segundo o banco alemão, há ainda o panorama de contínuo aperto da oferta global, após os EUA não receberem sinais claros de que a Arábia Saudita vá aumentar sua produção, após a viagem do presidente Joe Biden ao país.
Neste contexto, notícias que indicam retomada da produção da Líbia a patamares normais não têm pesado sobre os preços, diz o Commerzbank.
Por lá, a petroleira estatal prevê aumento de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em sua oferta na próxima semana, após a troca de comanda na empresa abrir caminho para um acordo com protestantes, o que permite a retomada plena das atividades.
Quanto à perspectiva de maior prazo, o TD Securities avalia que os temores por recessão da economia global devem tirar parte do interesse por petróleo, mas o crescimento da demanda deve permanecer positivo em base comparativa anual.
Além disso, “a contínua erosão da capacidade ociosa” deve evitar que o petróleo caia muito no futuro próximo, diz.
(Com informações do Estadão Conteúdo)