O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira (11), apoiado por preocupações com os riscos à oferta associados a tensões geopolíticas crescentes. A apreensão de um navio no Mar Vermelho requentou temores de escalada de conflitos no Oriente Médio.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 fechou com alta de 0,91% (+US$ 0,65), a US$ 72,02 o barril; enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,79% (+US$ 0,61), a US$ 77,41 por barril.
A Marinha do Irã apreendeu nesta quinta um petroleiro de empresa grega no Golfo de Omã, segundo autoridades.
A embarcação St. Nikolas, anteriormente chamada de Suez Rajan, já havia sido apreendida no passado pelos EUA, quando portava 1 milhão de barris de petróleo iraniano.
A mídia estatal iraniana afirmou que “o petroleiro infrator Suez Rajan roubou petróleo iraniano e o levou aos americanos”.
“Obviamente, esse é um incidente diplomático e parece estar desafiando sanções internacionais, motivo pelo qual os preços do petróleo subiram na sequência da apreensão e desvio do St. Nikolas para águas iranianas”, explicou a Navellier em comentário a clientes.
A CMC Markets acrescentou que há ainda um nervosismo no mercado de petróleo sobre a possibilidade de uma resposta dos EUA e do Reino Unido ao ataque dos Houthis na quarta-feira às suas respectivas forças navais.
Petróleo: Opep+ reafirma ‘compromisso com estabilidade’ após saída da Angola
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, a Opep+, divulgou comunicado em 3 de janeiro no qual reforça o compromisso com a “unidade, coesão integral e estabilidade do mercado” da commodity.
A nota da Opep+ é emitida em meio a incertezas sobre a uniformidade do cartel, após a saída da Angola no final do ano passado.
O texto ressalta que esforços extraordinários do grupo ajudaram a economia global a superar os desafios dos últimos anos, entre eles a pandemia de covid-19, além de terem assegurado a estabilidade do mercado de trabalho, especialmente quando comparado a outros ativos semelhantes.
“Além disso, os países-membros da Opep reafirmam o seu compromisso firme com os objetivos partilhados de unidade e coesão, tanto dentro da Organização como com os países produtores não pertencentes à Opep que participam da DoC”, afirma, em referência à declaração de cooperação da Opep+.
O cartel dos exportadores de petróleo garante ainda que pretende manter a cooperação, diálogo, respeito mútuo e confiança à frente. “Isso é em benefício de todos os produtores, consumidores e investidores, bem como a economia global mais ampla”, destaca.
Com Estadão Conteúdo
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