Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 14. O óleo operou a maioria do tempo em baixa, mas ganhou força após reportagem do The New York Times informar que a União Europeia prepara o esboço de um plano para proibir a importação da commodity da Rússia.
O petróleo WTI para maio fechou alta de 2,59% (US$ 2,70), a US$ 106,95 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho subiu 2,68% (US$ 2,92), a US$ 111,70 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
De acordo com o jornal americano, autoridades europeias preparam um plano para embargar produtos petrolíferos exportados pela Rússia. Deve ocorrer uma proibição gradual, semelhante à imposta ao gás, de acordo com diplomatas e autoridades da União Europeia. Uma atenção especial é dada para que a Alemanha consiga fornecedores alternativos. A negociação da proposta deve se dar apenas após o segundo turno das eleições presidenciais na França, em 24 de abril, para não prejudicar chances de reeleição do presidente Emmanuel Macron, de acordo com fontes.
O Bank of America destaca, em nota a clientes, que muitas companhias têm decidido por conta própria reduzir negócios com a Rússia, a fim de limitar a exposição ante riscos como sanções. “Essas ações têm tido um efeito substancial sobre os preços do petróleo, diante do papel da Rússia no mercado global de petróleo”, afirma o BofA.
Hoje, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde afirmou que um eventual embargo abrupto da União Europeia (UE) a importações de petróleo e gás da Rússia teria “efeitos econômicos significativos”. Ela falou após decisão de política monetária, durante entrevista coletiva.
Ainda na agenda do dia, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos subiu 2 na última semana, a 548, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.
* Com informações da Dow Jones Newswires
Com Estadão Conteúdo