Petróleo encerra sessão em queda, após dia volátil e dados negativos nos EUA

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (26), com sessão volátil.

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Os dados macroeconômicos negativos nos Estados Unidos pressionaram as cotações do petróleo, que foram penalizadas ainda pela notícia de que Washington liberará mais uma rodada de reservas da commodity.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro encerrou em baixa de 1,78%, ou US$ 1,72, a US$ 94,98, enquanto o do petróleo Brent para outubro cedeu 0,73%, ou US$ 0,73, a US$ 99,46, na Intercontinental Exchange (ICE).

O dia foi iniciado com o petróleo em alta, em meio a crescentes riscos de oferta. O novo corte no fornecimento da Rússia à Europa impulsionou fortemente os preços do gás natural, o que ajudou a sustentar demais commodities.

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“O racionamento de gás na Europa parece cada vez mais provável”, disse o analista Stephen Innes, da SPI Asset Management, em nota pela manhã. “A Europa poderia potencialmente trocar gás por petróleo, o que está elevando os preços do Brent”, acrescentou.

No entanto, no final da manhã, já se via o petróleo em queda, depois da divulgação de indicadores americanos. Segundo o Conference Board, o índice de confiança do consumidor no país recuou de 98,4 em junho a 95,7 em julho, bem abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 97,0.

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Já vendas de moradias usadas nos EUA registraram queda de 8,1% em junho, na comparação com maio, à taxa anual sazonalmente ajustada de 590 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Comércio do país.

De qualquer forma, o analista Edward Moya, da Oanda, prevê que a desvalorização do óleo será limitada. “Apesar dos riscos crescentes de uma recessão severa, o petróleo deve ter um forte suporte no nível de US$ 90 no curto prazo“, projeta.

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EUA anunciam venda de mais 20 milhões de barris de petróleo de reserva estratégica

Os Estados Unidos irão vender mais 20 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo, anunciou a Casa Branca nesta terça. A medida integra um acordo já informado anteriormente pelo presidente Joe Biden.

Mais de 125 milhões de barris de petróleo foram vendidos pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) desde que o governo autorizou a liberação de reservas estratégicas, informa a Casa Branca.

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De acordo com estimativa do Tesouro americano, a liberação das reservas, junto a ações coordenadas com parceiros internacionais, reduziram o preço da gasolina em cerca de US$ 0,40 por barril, em comparação a um cenário sem a oferta ao mercado de tal volume.

Esta é a quinta rodada de vendas autorizada por Biden, que visa “reforçar o fornecimento de petróleo bruto em resposta à guerra de Putin na Ucrânia”. Um milhão de barris por dia deve ser inserido no mercado por meio das reservas estratégicas. A administração diz esperar continuar entregando barris por mais vários meses.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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