Os contratos do petróleo Brent operam em alta de 2,5% a US$ 78,05 na manhã desta segunda-feira (5) após o anúncio de um novo corte na oferta da commodity.
O corte na produção de petróleo foi anunciado na véspera pela Arábia Saudita. Trata-se de uma redução de 1 milhão de barris ao dia, que passará a vigorar no mês de julho.
O ministro de Energia da nação, o príncipe Abdulaziz bin Salman Al-Saud, havia se comprometido em reduzir a produção de 10 milhões de barris ao dia para 9 milhões de barris ao dia – configurando o maior corte da Arábia Saudita em anos.
Além desse corte, outro fator que impacta o preço do petróleo é o fato de que com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) estendeu seu acordo sobre restrições de fornecimento de petróleo bruto até 2024.
O cartel já implementou cortes que somam 3,66 milhões de barris ao dia – o que representa cerca de 3,6% da demanda global.
“Por um lado, a queda de 8% dos preços do Brent desde a véspera do anúncio de cortes voluntários em abril em nove grandes produtores sugerem que cortes mais profundos estarão sobre a mesa”, disseram os analistas.
O Goldman Sachs já previa cortes substanciais dada a cotação do petróleo nas últimas semanas.
Após a decisão, o UBS destacou que o novo corte não afeta as projeções da casa, que miram US$ 95 para o fim do ano.
“Apesar da tênue reação do mercado, acreditamos que essa é uma decisão muito otimista. O corte saudita de 1 milhão de barris em julho pode ser estendido, se necessário, e o tom da coletiva de imprensa sugeriu união dos produtores. Acreditamos que a demanda por petróleo continua sólida e que os cortes voluntários na produção fortalecerão o mercado durante o segundo semestre do ano”, diz a casa.
Cotação do petróleo
O barril de petróleo iniciou o ano cotado a pouco mais de US$ 85, implicando em uma queda de cerca de 11% até o momento atual.
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