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Preço do petróleo atinge maior nível desde 2014 com tensão na Ucrânia

Opep aumenta projeção para oferta de combustíveis do Brasil em 2024

Opep aumenta projeção para oferta de combustíveis do Brasil em 2024. Foto: Pixabay

Os preços do petróleo atingiram o maior nível desde 2014, em sessão marcada pela volatilidade, impulsionado pela possibilidade de ação militar da Rússia na Ucrânia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, chegou a dizer que o país poderia ser invadido na próxima quarta-feira (16).

O petróleo Brent subiu 2,2% para fechar em US$ 96,48 o barril, após tocar a máxima desde setembro de 2014 a US$ 96,78. Já o petróleo WTI cresceu 2,5%, para fechar em US$ 95,46 o barril, após atingir US$ 95,82, também o maior patamar desde 2014.

Como a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo e gás do mundo, o temor de uma possível invasão na Ucrânia levou o rali do petróleo para mais próximo da marca de US$ 100 por barril. O conflito traz desabastecimento e puxa o preço ainda para o alto, já vez que resulta em menos oferta da commodity.

No contraponto, o G7 – grupo de grandes economias ocidentais formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – também fez uma reunião extraordinária nesta segunda-feira trazendo críticas em carta oficial de sanções para a Rússia caso venha a concretizar o ataque à Ucrânia.

“Essas sanções para Rússia não são tão simples, pois têm respaldos econômicos globalmente, uma dificuldade de transporte de óleo combustível, gás natural, por exemplo. E isso também causa impacto na economia americana. Qualquer sanção pesada do G7 em relação à Rússia acaba sendo uma faca de dois gumes para a economia americana. É um ponto de atenção”, disse Felipe Kulchetscki, fundador da JFK Investimentos.

Segundo Kulchetscki, o mercado brasileiro parece estar se defendendo bem contra esse efeito global causado pelo conflito: “O Brasil iniciou seu ciclo de alta de juros bem antes que países emergentes, então deve ter um controle inflacionário mais rápido que os outros. O aumento do ciclo de Selic aqui foi mais cedo, então também deve terminar antes. Outro fator importante é reconhecer que eventual conflito de fato pode trazer um aumento maior no preço das commodities no mundo e Brasil tem muitas empresas vinculadas a commodities, o que acaba impactando positivamente essas empresas nacionais”.

Petróleo dispara, mas Petrobras entra em queda livre

Mesmo com a disparada dos preços do petróleo, a maior petroleira do país se destacou negativamente como a maior queda do Ibovespa hoje.  As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 2,25%, cotadas a R$ 33. Já as ordinárias (PETR3) tiveram baixa de 2,58%, negociadas a R$ 36,24.

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