Petróleo fecha em forte alta por causa das tensões entre EUA e Irã
Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta quinta-feira (20). O aumento das tensões entre os Estados Unidos e o Irã impulsionou as cotações do combustível.
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O preço do petróleo disparou depois que o Irã abateu um drone norte-americano no estreito de Ormuz. As cotações encerraram o pregão no maior valor desde o dia 30 de maio.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto subiu 5,38%. Esse foi o maior ganho intraday em 2019, que levou a um fechamento de US$ 56,65 por barril. Por sua vez, na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o oitavo mês do ano ganhou 4,25%, a US$ 64,45.
Drone abatido
Na manhã desta quinta-feira, um drone de patrulhamento dos EUA que sobrevoava a região do estreito de Ormuz foi derrubado pela força aérea iraniana.
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Segundo o Irã, a aeronave invadiu seu espaço aéreo. Entretanto, os EUA alegam que o drone estava em espaço aéreo internacional.
Após o ataque, o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que o Irã “cometeu um grande erro”. Segundo o mandatário, Teherã “irá descobrir em breve” se os EUA planejam uma resposta militar.
Possível bloqueio de Ormuz
A escalada das tensões é gerada pela preocupação de que o Irã possa bloquear o estreito de Ormuz. Essa é uma das rotas mais importantes do mundo pelo escoamento de petróleo produzido pelos países árabes da região. Cerca de 25% do consumo mundial de petróleo passa pelo estreito. Por isso, a crise entre os Washington e Teerã levou o preço às alturas.
O aumento da cotação internacional do petróleo é provocado pela escalada de tensões entre os dois países, do qual o incidente desta quinta é apenas mais um episódio. Na semana passada, os EUA acusaram os iranianos de atacar dois navios petroleiros que navegavam na região. Por sua vez, o Irã informou que na próxima semana seu estoque de urânio enriquecido irá ultrapassar os limites estabelecidos pelo acordo nuclear assinado com uma série de países, entre os quais os Estados Unidos. Entretanto, o presidente Trump decidiu retirar os EUA do acordo