A petroleira britânica BP (NYSE: BP) anunciou nesta segunda-feira (15) que fará baixa contábil de até US$ 17,5 bilhões (cerca de R$ 90,23 bilhões) no segundo trimestre de 2020. A medida é uma resposta à diminuição no preço do petróleo ao redor do mundo.
O Teste de Impairment da empresa toma em conta a revisão das premissas de preços do petróleo no longo prazo. Dessa forma, a BP atualizou o valor recuperável de seus ativos e anunciou uma baixa contábil entre US$ 13 bilhões e US$ 17,5 bilhões.
A empresa também anunciou que pode deixar de extrair parte do seu petróleo e gás devido aos preços mais baixos das commodities e a demanda enfraquecida em meio à crise global causada pelo coronavírus (covid-19).
A medida tomada pela petroleira considera também os efeitos duradouros da pandemia. Segundo a BP, o coronavírus acelerará a mudança do mundo para uma economia de menor emissão de carbono, com os governos direcionando alguns de seus pacotes de estímulo para iniciativas favoráveis ao combate do aquecimento global.
A revisão da BP está ligada aos planos do novo CEO para reformular a empresa. Bernard Looney, que foi promovido em fevereiro, quer se preparar para um futuro de baixo carbono, tornando a BP mais enxuta e ágil.
O anuncio da BP movimentou os mercados
As premissas revisadas da BP para o preço do petróleo no longo prazo previam os contratos do Brent sendo negociados a US$ 55 por barril, abaixo de uma expectativa anterior de US$ 70 por barril. Ao revisar sua previsão, a petroleira movimentou os mercados.
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As ações das petroleiras registraram um dia volátil ao redor do mundo. Em Nova York, a BP fechou o pregão desta segunda-feira em queda de 1,54%. No entanto, os papéis da Petrobras (PETR4) encerraram o dia em alta de 0,49% após uma queda de 4,2% pela manhã.
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