O presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Roberto Castello Branco, disse que a estatal terá somente seis escritórios no exterior até o fim deste ano. A declaração ocorreu nesta terça-feira (8) em uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Atualmente, a petrolífera possuí 11 unidades em outros países. A medida faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras.
Após a redução, além do Brasil, a estatal ainda contará com escritórios na Bolívia, na China, em Cingapura, nos Estados Unidos, na Holanda e na Inglaterra.
O número de escritórios que a estatal possuí em território brasileiro também enfrenta redução. Entre 2015 e 2019, a petrolífera passou de 72 imóveis no País para 38. Dessa forma, os custos direcionados para este setor caíram 35%.
“Estamos em um processo de racionalizar espaço, que representa uma economia de R$ 700 milhões anuais”, afirmou Castello Branco.
Plano de desinvestimentos
A venda dos ativos é uma forma de reduzir as dívidas da estatal. Segundo Castello Branco, os desinvestimentos já realizados, assim como os previstos no futuro, não significam uma redução de empregos e nem o desmonte da petrolífera.
Atualmente, a Petrobras considera vender 183 campos, segundo o presidente da estatal. Além disso, Castello Branco declarou que a produção em alguns dos estados do Nordeste se tornou irrelevante.
“Estamos vendendo essas operações para outras empresas, várias brasileiras”, afirmou o presidente da estatal.
Privatização da Petrobras
Castello Branco afirmou ainda que não há planos de privatização para a estatal. “Não existe nenhum plano de privatizar a Petrobras, isso é um fantasma”, afirmou.
Saiba mais: Não há nenhum plano de privatizar a Petrobras, afirma Castello Branco
O dirigente da empresa aproveitou para lembrar que a petroleira tem feito planos de demissão incentivada para empregados dos setores que estão sendo vendidos. “Não vamos deixar ninguém para trás”, afirmou o CEO da empresa.
O presidente da Petrobras também falou sobre o diesel. “Poderíamos vender diesel a preço venezuelano que não resolveria o problema dos caminhoneiros. O problema dos caminhoneiros é que falta carga e, com os incentivos dados em governos anteriores, há um excesso de caminhões nas estradas”, analisou.
Notícias Relacionadas