A Petrobras está planejando vender metade do mercado de refino.
Nas gestões de Pedro Parente e Ivan Monteiro, que ocuparam a presidência da Petrobras no mandato de Michel Temer, a meta era reduzir a participação da estatal para 60% do setor de refino. De acordo com Roberto Castello Branco, atual presidente da companhia, a intenção é vender 50% da participação no mercado de refino.
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Castello Branco já manifestava o seu desejo de abrir o mercado. Segundo o presidente da empresa, não é concebível que a Petrobras detenha 98% da capacidade de refino do País. O monopólio já foi alvo de ações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
No discurso de posse, ocorrido no dia 03 de janeiro, Castello Branco condenou a concentração de mercado da estatal. “Não haverá interferência do governo nessa área. Não é saudável para as empresas nem para as pessoas. Mas precisamos sim de uma perfeita sintonia entre a justa remuneração para as empresas e os preços razoáveis para a sociedade”, disse.
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Gestão anterior
Na gestão anterior, a meta era vender 60% de participação em quatro refinarias, sendo duas no Nordeste e duas no Sul, ficando assim com 60% da capacidade de refino do país.
A medida é vista com bons olhos pelos mercados e é essencial para atrair investimentos privados para o setor. Assim, garantiria a não interferência da Petrobras na formação dos preços.
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Durante a gestões de Pedro Parente e Ivan Monteiro, a expectativa era atrair empresas para concluir a refinaria do Comperj e vender 60% das refinarias Rlam e Rnest (polo Nordeste) e Refap e Repar (polo Sul). Essas quatro refinarias correspondem a 36% da capacidade nacional de refino da Petrobras.